terça-feira, 29 de maio de 2018

Confira as imagens da Semana da Estatística




Esta terça-feira, 29 de maio, é Dia do Estatístico. Além de parabenizar todos os profissionais que atuam nessa área, vale conferir as imagens que marcaram a 8ª edição da Semana da Estatística (SESt), que aconteceu de 23 a 26 de maio.

Foi a terceira vez que o evento foi promovido em conjunto pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e pelo departamento de Estatística da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Nos quatro dias de evento, houve palestras, minicursos, sessões de pôsteres, além de uma mesa redonda. As atividades contaram com a participação de estudantes e profissionais da área.

Confira as imagens do evento no Flick e no Facebook!

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Workshop de Teses e Dissertações em Matemática do ICMC está com inscrições abertas

Evento acontece nos dias 27 e 28 de agosto 

Nos dias 27 e 28 de agosto o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, realizará o VIII Workshop de Teses e Dissertações em Matemática (WTD). O objetivo do evento é promover a divulgação de pesquisas do Programa de Pós-Graduação em Matemática do ICMC. 

Outra meta do workshop é estimular uma maior interação entre pós-doutorandos, egressos e alunos de mestrado e doutorado do Programa. O evento também busca encorajar aqueles que estão em fase final de elaboração de teses ou dissertações a ministrarem palestras, divulgando os resultados obtidos em suas pesquisas. “A expectativa é que os alunos da pós-graduação compareçam para prestigiar e conhecer o evento, já que em anos seguintes também deverão apresentar seus trabalhos”, comenta Ana Maria Travaglini, integrante da comissão organizadora do workshop. 

Os participantes que desejarem apresentar seus trabalhos devem realizar a inscrição até 15 de junho no formulário eletrônico disponível neste link: icmc.usp.br/e/b8a61. Os resumos simples dos trabalhos devem ser entregues até 22 de junho, já os resumos estendidos podem ser enviados até 27 de julho. Para aqueles que não vão apresentar projetos, as inscrições podem ser realizadas até o dia 10 de agosto. O valor da inscrição é o mesmo para todos os participantes: R$ 35 e deve ser pago diretamente à Seção de Eventos do ICMC, na sala 4-000, até o dia 13 de agosto. 

Programação: O destaque da programação é a cerimônia de entrega do Prêmio Carlos Gutierrez de Teses de Doutorado, que reconhece, a cada ano, a melhor tese de doutorado em matemática defendida no Brasil. Durante o evento também acontecem palestras, apresentações orais e de pôsteres, além da entrega de menção honrosa às melhores apresentações. Todas as atividades do WTD acontecem no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC (sala 6-000). 

Texto: Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Saiba mais sobre os modelos de resumo aqui: icmc.usp.br/e/e2422
Link para inscrição: icmc.usp.br/e/b8a61

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Veja como foi a Escola de Aprendizado de Máquina Automático em Ciência de Dados

68 estudantes e pesquisadores participaram das oficinas, tutoriais e minicurso 
oferecidos durante o evento

Nos dias 15 e 16 de maio, foi a realizada a Escola de Aprendizado de Máquina Automático em Ciência de Dados no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. 

Destinada a preparar estudantes e pesquisadores para construírem o futuro da inteligência artificial, a Escola foi coordenada pelo professor André de Carvalho. O evento contou com a participação de 68 pessoas e teve o apoio do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria e do Centro de Pesquisa de Aprendizado de Máquina em Análise de Dados.


Confira o álbum de fotos do evento no Flickr e no Facebook!

Mais informações
Escola de Aprendizado de Máquina Automático em Ciência de Dados: www.cemeai.icmc.usp.br/AutoMLSchool


quarta-feira, 23 de maio de 2018

Ferramentas computacionais facilitam a visualização do universo biológico

Enxergar nitidamente o que está acontecendo no interior dos seres vivos e identificar as principais substâncias relacionadas aos processos biológicos pode significar um importante passo rumo ao tratamento de diversas doenças que desafiam os cientistas, tal como o câncer

O doutorando Henry está desde março no Canadá, participando de um programa de intercâmbio
na Faculdade de Ciências de Computação da Universidade de Dalhousie, na cidade de Halifax

Ao mesmo tempo em que surge uma nova era de exploração espacial, este início do século XXI é marcado também pelo nascimento de uma nova era de investigação do interior do corpo humano. Nesse caso, em vez da ciência remeter nosso olhar para além do planeta, a ideia é lançá-lo para dentro de nós e enxergar de perto genes, proteínas e as inúmeras relações estabelecidas entre as moléculas que nos habitam. 

Esse é um dos objetivos dos cientistas que atuam no campo da biologia molecular. Para eles, cada ser vivo é como um gigantesco quebra-cabeça, com inúmeras moléculas se encaixando para construir a vida. Nos últimos anos, diversos estudos estão sendo realizados para rastrear uma ampla gama de interações físicas, genéticas e químicas, o que trouxe novas perspectivas para os biólogos, ávidos por encontrar pistas sobre o papel de genes e proteínas e por entender como são os processos que acontecem no interior dos seres vivos. Essas pistas podem facilitar o encontro de potenciais alvos para, por exemplo, o desenvolvimento de novos tratamentos terapêuticos. 

O problema é que visualizar parcial ou totalmente o emaranhado de peças desse quebra-cabeça é cada vez mais desafiador. A cada novo estudo os biólogos encontram mais e mais pistas e, conforme os métodos científicos e os equipamentos evoluem, vão sendo gerados milhares de dados. É aí que a computação entra em cena para exercer um papel fundamental: contribuir para a separação, a análise e a visualização adequada desses dados. “Há uma carência de ferramentas computacionais para a biologia”, esclarece a professora Rosane Minghim, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. 

Uma das ferramentas desenvolvidas sob supervisão da professora em parceria com mais quatro pesquisadores brasileiros está sendo empregada por diversos biólogos mundo afora. Participaram do desenvolvimento da solução os pesquisadores Henry Heberle, doutorando no ICMC; Guilherme Telles, professor do Instituto de Computação da UNICAMP; Gabriela Meirelles, do Laboratório Nacional de Biociências; e Felipe da Silva, da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas). 

O grupo foi responsável por criar o InteractiVenn, uma ferramenta gratuita e aberta, disponível na web, destinada a facilitar a visualização de conjuntos, com design visual e funcionalidades projetados para se adequar às atividades que os biólogos realizam. Por meio do InteractiVenn, um biólogo consegue enxergar com facilidade as relações estabelecidas entre conjuntos de genes, moléculas, proteínas, o que contribui para identificar similaridades e diferenças dentro do corpo humano. 

De onde vem – Se você cursou o ensino médio, deve se lembrar de um método de organização de conjuntos ensinado nas aulas de matemática para agrupar elementos de vários conjuntos dentro de figuras geométricas: o diagrama de Venn. Nesse diagrama, note que as relações de união e de intersecção entre os conjuntos ficam evidentes (veja a imagem 1). 

Quando há apenas três conjuntos, é fácil visualizar as relações entre eles por meio do diagrama de Venn 

Imagine a confusão que surge quando você precisa comparar conjuntos e realizar operações de união entre eles usando o diagrama de Venn. Por exemplo: para comparar três conjuntos (A, B, C), temos um diagrama com três círculos. Você identifica uma forte ligação entre A e B e quer comparar a união desses dois conjuntos (A e B) contra C. É necessário, então, criar um novo diagrama, formado por dois círculos. Provavelmente, esse novo desenho do diagrama faria você se esquecer da configuração inicial dos conjuntos. Pense, agora, em como o diagrama se torna complexo à medida em que o número de conjuntos aumenta, principalmente quando levamos em consideração as possíveis combinações desses múltiplos conjuntos. 

Foi a partir da constatação dessa dificuldade que nasceu a ideia do InteractiVenn, uma ferramenta flexível que se baseia no diagrama de Venn, possibilitando a qualquer pesquisador visualizar, de maneira fácil e clara, até seis conjuntos simultaneamente, executando operações de união entre eles, e mantendo o formato geométrico do diagrama mesmo depois de realizarmos as intersecções (veja imagem 2). 

Não é por acaso que, de acordo com a plataforma Web of Science, o artigo sobre o InteractiVenn (InteractiVenn: a web-based tool for the analysis of sets through Venn diagrams), publicado em 2015 na revista BMC Bioinformatics, contabiliza mais de 90 citações, ocupando posição de destaque em âmbito internacional, desde meados de 2017, entre os trabalhos mais citados no campo das ciências de computação. 

Nas imagens geradas por meio do InteractiVenn, é fácil visualizar os seis conjuntos genômicos da banana.
No nível 0 (imagem F), vê-se apenas a união de todos os conjuntos.
À medida que a ferramenta apresenta a delimitação de cada conjunto, é possível enxergar também as interseções entre eles. O esquema apresentado em "A" corresponde a uma árvore (filogenética) que guia o processo de união entre os conjuntos.
As subfiguras seguintes correspondem aos níveis dessa árvore.

Ver para conhecer – O doutorando Henry Heberle conta que, inicialmente, foi difícil entender porque uma ferramenta como o InteractiVenn poderia ser tão importante para os biólogos: “Para quem trabalha na área de computação, um diagrama de Venn é um conceito muito básico. Mas à medida que fui interagindo com os biólogos, percebi o quanto eles necessitavam visualizar mais facilmente as interações entre conjuntos e o quanto um projeto com essa finalidade era importante”. 

Estabelecer esse encontro científico entre a biologia e a computação não costuma ser sempre uma tarefa fácil. As expectativas dos pesquisadores dos dois campos do conhecimento precisam estar alinhadas. Se a ferramenta de que os biólogos precisam não demandar nenhum desafio científico ou tecnológico, a parceria não será produtiva para os cientistas da computação. Por outro lado, os cientistas da computação devem construir ferramentas acessíveis aos biólogos. Henry não teve dificuldade em construir as pontes entre esses dois lados. Quando ingressou no curso de Ciências de Computação no ICMC, onde também fez mestrado, ele já adorava biologia, pensava até em cursar biotecnologia. “O Henry conseguiu enxergar como o biólogo queria ver os dados na tela do computador”, revela a professora Rosane. 

Segundo ela, essa habilidade para compreender a demanda do outro campo do conhecimento é um diferencial importante para quem atua na computação. O interessante é que, depois de trabalhar no projeto do InteractiVenn, Henry passou a gostar ainda mais de biologia e prosseguiu na construção de mais uma ferramenta de visualização para facilitar a vida dos biólogos. Foi assim que nasceu o CellNetVis, desenvolvido juntamente com a professora Rosane, Guilherme Telles, Gabriela Meirelles e Marcelo Carazzolle, do Instituto de Biologia da UNICAMP. 

No caso do CellNetVis, o objetivo é propiciar aos biólogos visualizar a interação das moléculas no interior das células. É como se o pesquisador estivesse, agora, munido de uma poderosa máquina fotográfica computacional, mas que – diferentemente dos microscópios – não demanda a utilização de uma lente para captação da imagem. No CellNetVis, basta o pesquisador inserir os dados coletadas durante sua pesquisa. Por exemplo, o biólogo que está estudando as proteínas presentes nas células em certo estágio de desenvolvimento de um tipo de câncer insere esses dados na ferramenta e, automaticamente, eles são compilados pelo computador e apresentados por meio de uma imagem. 

Cada ponto da imagem corresponde a uma proteína e as retas que as conectam representam as relações que as proteínas estabelecem entre si. “As proteínas têm interações: uma ativa a outra, uma se junta a outra para formar um complexo, uma transforma um pigmento verde em amarelo, outra transforma amarelo em vermelho”, explica Henry. Para simplificar, ele cita como exemplo os pimentões, que podem ser verdes, amarelos e vermelhos. “Há diversos tipos de interações entre as proteínas, formando vias metabólicas, formando o sistema biomolecular. Essas interações também podem representar uma informação mais genérica. Por exemplo, se duas proteínas participam de um mesmo processo biológico, elas poderiam ser conectadas numa estrutura de rede. Por conta disso, os diversos tipos de interações podem formar diferentes tipos de redes”, completa o pesquisador. 

Dessa forma, nas imagens produzidas por meio do CellNetVis, os biólogos conseguem enxergar um mapa mostrando a atuação das proteínas. Tal como os antigos navegantes que, em suas incursões pelo mar desconhecido, eram guiados pelo posicionamento das estrelas no céu, os biólogos são, agora, guiados pelas imagens que surgem no computador. Esses mapas dão indícios sobre os caminhos que devem ser percorridos ao longo da jornada de pesquisa. Mais um exemplo: se as proteínas presentes em uma célula cancerígena se concentram no núcleo, é provável que estejam relacionadas a processos de replicação celular, já que isso costuma acontecer no núcleo. Por outro lado, se as proteínas aparecem predominantemente na membrana celular, é possível que tenham papel relevante no transporte de moléculas ou no estabelecimento de relações entre o meio extracelular e o meio intracelular. Uma das vantagens do CellNetVis é exatamente propiciar que o biólogo visualize e explore, de maneira flexível, as relações entre a localização celular e as funções das proteínas. Por meio de filtros e interações com o gráfico, o usuário consegue obter diversas configurações para uma mesma rede. 

“Uma visualização adequada dos dados é crucial para a compreensão dessas redes, uma vez que as vias estão relacionadas a funções que ocorrem em regiões específicas da célula”, conta Guilherme. “O avanço da ciência biológica caminha nessa direção: tentar explicar, com mais precisão, porque os processos ocorrem de determinada forma. Se você souber por que eles acontecem e como, conseguirá interferir, quer seja para inibi-los, para acelerá-los ou, ainda, para introduzir novos processos”, adiciona o professor da Unicamp. 

O trabalho apresentando a ferramenta CellNetVis (CellNetVis: a web tool for visualization of biological networks using force-directed layout constrained by cellular componentes) foi premiado como melhor artigo no simpósio BioVis, que aconteceu durante o maior evento de biologia computacional do mundo, a Conferência Internacional da Sociedade de Biologia Computacional, realizada em Praga, na República Tcheca, no ano passado. 

A imagem do CellNetVis mostra a célula e os locais em que as proteínas estão presentes:
os pontos representam as proteínas e as linhas mostram as relações estabelecidas entre elas

Ver para confirmar – Outro papel fundamental da visualização computacional é propiciar a confirmação das hipóteses levantadas pelos pesquisadores durante suas investigações. Guilherme explica que os métodos utilizados para a identificação das proteínas que atuam nos processos biológicos resultam atualmente em listas com milhares de proteínas. Nesse sentido, um dos desafios é reduzir esse conjunto a fim de viabilizar a realização de futuros experimentos apenas com aquelas que têm maior potencial de serem as protagonistas dos processos. Diversas técnicas são empregadas para encontrar quais proteínas são protagonistas, mas é difícil discernir a confiabilidade dos resultados. Assim, usar o computador para visualizar a rede das relações entre as proteínas pode ajudar os pesquisadores a confirmarem se as técnicas foram apropriadas. 

Guilherme, Henry, Rosane e mais 19 pesquisadores são autores de outro artigo (Integrative analysis to select cancer candidate biomarkers to targeted validation) apresentando os resultados de uma pesquisa que analisou três métodos para selecionar proteínas. Nesse caso, o objetivo era construir um ranking de proteínas, identificando quais teriam maior probabilidade de exercer papel relevante nos processos que ocorrem nas células cancerígenas (carcinoma e melanoma). A visualização da rede de interações das proteínas contribuiu para os pesquisadores confirmarem os processos e interações envolvidas entre as proteínas identificadas por meio do ranking. 

Mas por que encontrar essa lista de proteínas é tão importante para a busca de tratamentos mais eficazes contra o câncer? Ora, as proteínas funcionam tal como outros biomarcadores amplamente conhecidos: por exemplo, a temperatura do corpo é um biomarcador da febre; já os índices de colesterol indicam maior ou menor risco para ocorrência de doenças do coração. Da mesma forma, a presença e/ou a ausência de certas proteínas nas células pode ser um indicativo relevante para a ocorrência de câncer. 

É por isso que a visualização computacional tem potencial para ser uma forte aliada na luta contra as doenças: suas ferramentas têm o poder de transformar o modo como os pesquisadores enxergam seus dados e conduzem seus experimentos. “A visualização ajuda a confirmar o esperado e a descobrir o inesperado”, conclui a professora Rosane. 

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP 

Mais informações 
Site da ferramenta InteractiVenn: http://www.interactivenn.net/

Links para os artigos citados na reportagem
1. InteractiVenn: a web-based tool for the analysis of sets through Venn diagrams:
2. CellNetVis: a web tool for visualization of biological networks using force-directed layout constrained by cellular componentes:
3. Integrative analysis to select cancer candidate biomarkers to targeted validation:

Contato com a imprensa 
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Crie a solução para um problema de São Carlos em 31 horas: Hackathon na USP premiará melhores ideias

SancaThon será realizada de 8 a 10 de junho na Escola de Engenharia de São Carlos



31 horas e nem um segundo a mais. Esse é o tempo que os participantes da maratona de programação SancaThon terão para propor soluções a problemas da cidade de São Carlos. O evento inédito acontecerá na USP, entre os dias 8 e 10 de junho, quando os desafiados irão desenvolver tecnologias, como softwares e hardwares, que poderão ser utilizados pelo município no futuro. Os protótipos devem considerar a Agenda de 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Quem tiver interesse em participar pode se inscrever, de forma gratuita, até o dia 6 de junho no site do evento.

A SancaThon é um grande Hackathon que busca estimular o trabalho em grupo, lançando desafios instigantes. Aberto a todos os interessados, o evento conta com 100 vagas disponíveis, sendo 60 para desenvolvedores, 20 para designers e outras 20 para pessoas do ramo de negócios. Os participantes, que devem ser maiores de 18 anos, poderão competir individualmente ou em grupos com até cinco pessoas, desde que a equipe possua pelo menos um membro com cada habilidade exigida. É necessário que cada um deles faça a sua própria inscrição. Os selecionados serão notificados via e-mail até o dia 7 de junho.

Ao final da competição, os grupos deverão fazer uma apresentação de três minutos e demonstrar o funcionamento do protótipo à banca avaliadora. Entre os critérios adotados para análise dos jurados estão: a dificuldade técnica do projeto; a funcionalidade do protótipo; o fator de impacto da solução proposta, sua viabilidade técnica e econômica, se o grupo definiu os próximos passos do trabalho, entre outros. Confira o regulamento completo no site do evento.

Para elaborar os projetos, os participantes receberão kits Dragon Board, que são computadores embarcados que rodam os sistemas Linux e Android. Essas plataformas são excelentes para uso em internet das coisas e soluções inteligentes.

Todos os membros da equipe vencedora ganharão entradas para o evento FutureCom, um dos mais qualificados e abrangentes encontros de tecnologia, telecomunicação, TI e internet da América Latina e que será realizado de 15 a 18 de outubro em São Paulo. Já os grupos que ficarem em segundo e terceiro lugares receberão apenas uma entrada para o FutureCom, mas os demais integrantes dessas equipes irão ganhar entradas para o Trade Show do encontro.

Os melhores projetos da USP São Carlos também terão a oportunidade de acelerar seu desenvolvimento por meio do Espaço EngComp, que conta com o apoio do Centro Avançado EESC para Apoio à Inovação (EESCin). A SancaThon ocorrerá na Biblioteca Sérgio Rodrigues Fontes da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, que fica na avenida Trabalhador São-carlense, 400, no Parque Arnold Schimidt. Atividades como workshops e palestras serão oferecidas antes da competição (warm up) como forma de preparar os participantes. Fique atento ao site da maratona, pois, em breve, a programação completa da preparação estará disponível. Ao final do texto, é possível conferir como será a dinâmica do evento durante a sua realização.

A SancaThon é realizada em conjunto pela EESC, pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP e pela Semana da Integração da Engenharia Elétrica (SIEEL). A iniciativa conta com o apoio da Agência USP de Inovação, da Agência de Inovação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), do Portal Embarcados, da Sintesoft, da Faculdade de Tecnologia (FATEC) de São Carlos, da Semana da Engenharia de Computação da USP, do Portal Industrial, do CIESP São Carlos e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia.

Participantes deverão propor soluções para problemas de São Carlos
(crédito da imagem: Prefeitura de São Carlos)

Programação nos dias do evento
Local: Auditório do CETEPE e Biblioteca da EESC – Área 1 do Campus da USP em São Carlos

08/06 – Sexta-feira
  • 19 horas – Palestra de abertura com apresentação do tema do evento
  • 20 horas – Workshop prático – DragonBoard
  • 20 horas – Palestra de negócios
  • 20 horas – Palestra de design
  • 20 horas – Orientação sobre busca de informação para inovação
  • 21 horas – Formação das equipes e início dos projetos.
  • 22 horas – Encerramento do primeiro dia.
09/06 – Sábado
  • 8 horas – Início do desenvolvimento dos projetos dos grupos
  • 19 horas – Workshop de Pitch
10/06 – Domingo
  • 15 horas – Pitchs
  • 17h30 – Divulgação dos vencedores
  • 17h45 – Devolução do material emprestado
  • 18 horas – Encerramento

Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação do SEL

Mais Informações
Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC: (16) 3373-8276
E-mail: eescin@eesc.usp.br

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Que tal participar da Semana de Estatística realizada pela USP e pela UFSCar?

Evento será realizado de 23 a 26 de maio e as inscrições já estão abertas



A 8ª edição da Semana da Estatística (SESt) já tem data marcada. De 23 a 26 de maio você terá a oportunidade de adquirir conhecimentos e experiências sobre a estatística. Pela terceira vez consecutiva, o evento é promovido em conjunto pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e pelo departamento de Estatística da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 

O objetivo é proporcionar uma nova visão sobre a estatística,  mostrando aos participantes as novas possibilidades do mundo acadêmico e profissional. Por isso, a cada edição, a SESt busca inovação e diversidade entre os temas abordados durante a programação. Nos quatro dias de evento, haverá palestras, minicursos, sessões de pôsteres, além de uma mesa redonda. As atividades contam com a participação de estudantes e profissionais da área. 

As inscrições para o evento estão abertas e podem ser realizadas até a próxima segunda, dia 21 de maio, pelo site https://sest.vpeventos.com. Também é possível se inscrever presencialmente na segunda, em frente ao bloco 4 (redondo) do ICMC, das 18 às 19 horas, e no departamento de Estatística da UFSCar, entre 12h30 e 13h45. O custo da inscrição presencial é de R$ 40 (mais 1 litro de leite ou 1 quilo de alimento não perecível) ou R$ 45. Se a inscrição for online, o custo é de R$ 50. Todo alimento arrecadado será destinado a instituições de caridade. Há 240 vagas disponíveis. 

Veja a programação completa e saiba mais sobre onde ocorrerão os eventos:

Texto: Talissa Fávero - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações

Inscreva-se no processo seletivo para pós-doutorado em matemática na USP

Prazo de inscrições encerra dia 15 de junho



Estão abertas as inscrições no processo seletivo para duas posições de pós-doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Matemática do Instituto de Ciências Matemáticas e Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.  Há duas vagas disponíveis e as inscrições podem ser realizadas até dia 15 de junho.

Os selecionados receberão bolsas do Programa Nacional de Pós-doutorado (PNDP) da CAPES, com valor mensal de R$ 4,1 mil e duração de 12 meses, podendo ser estendida por até 48 meses. O recebimento da primeira mensalidade está previsto para 1º de setembro. Podem participar do processo seletivo candidatos do Brasil e do exterior. 

Para saber quais são as modalidades de inscrição e obter informações sobre como se inscrever, acesse as instruções disponíveis do site do ICMC: icmc.usp.br/e/581b3 (English version). 

Texto: Talissa Fávero

Mais informações
Catálogo de pesquisas do ICMC: http://conteudo.icmc.usp.br/Portal/Comunica/catalogo/pt/pt.pdf
Linhas de pesquisa oferecidas pelo Programa de Pós-Graduação em Matemática do ICMC: www.icmc.usp.br/pos-graduacao/ppgmat

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Confira como foi o Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (SBRC)

Evento promovido pelo ICMC e pela UFSCar aconteceu de 6 a 11 de maio, em Campos do Jordão


O imponente centro de convenções de Campos do Jordão (SP) foi o palco, de 6 a 11 de maio, da 36ª edição do Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (SBRC 2018). O evento retornou ao Estado de São Paulo após 21 anos, após de ter sido realizado em 1997 em São Carlos.

O SBRC 2018 recebeu aproximadamente 600 participantes, que puderam conferir nas 24 sessões técnicas da trilhas principal os 96 artigos selecionados de um universo de 291 submissões. Além dos minicursos, tutoriais e painéis, o evento teve como destaques o já tradicional Salão de Ferramentas e  palestras com renomados pesquisadores estrangeiros, como Bhaskar Krishnamachari, Mohammed Atiquzzaman e Schahram Dustdar. 

As novidades deste ano ficaram por conta de um hackathon com o tema Internet das Coisas, do concurso de teses e dissertações e de vários workshops sobre temas atuais, como segurança, criptomoedas, computação urbana e iniciação científica.

Hackaton teve como tema a "Internet das Coisas"

O professor Jó Ueyama, docente do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e um dos coordenadores gerais do SBRC, usou seu histórico para convidar novos pesquisadores a se envolverem com a organização das próximas edições do evento. "Há 17 anos estive no meu primeiro SBRC na cidade de Florianópolis para apresentar um artigo sobre negociação para comércio eletrônico. Conclamo aos que estão aqui pela primeira vez que tenham o sonho de um dia contribuir com esta comunidade, organizando o SBRC."

Jó Ueyama, um dos coordenadores gerais do SBRC

"É muito bom ver todos interagindo de maneira agradável, trocando experiências, ideias e conhecimento. Este evento foi feito com muito cuidado para que todos pudessem aproveitá-lo da melhor forma possível", disse outro coordenador geral, Fábio Verdi, docente do Departamento de Computação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em Sorocaba.

O SBRC é uma realização da Sociedade Brasileira de Computação e do Laboratório Nacional de Redes de Computadores. A edição deste ano foi organizada conjuntamente pelo ICMC e pelo Departamento de Computação da UFSCar. 

Confira as fotos do evento no Flickr e no Facebook.


Texto/fotos: Neylor Fabiano - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

terça-feira, 15 de maio de 2018

USP abre inscrições no mestrado profissional em matemática, estatística e computação aplicadas à indústria

Destinado a profissionais com formação em matemática, estatística ou computação, mestrado oferece ênfase em ciência de dados 



Aplicar o conhecimento acadêmico para promover soluções inovadoras em empresas e indústrias. Essa é a premissa do Mestrado Profissional em Matemática, Estatística e Computação Aplicadas à Indústria (MECAI), que está com inscrições abertas para ingresso no segundo semestre de 2018.

O programa oferece 20 vagas na ênfase em Ciência de dados: aplicações em agricultura, saúde, finanças e infraestrutura. “O MECAI tem um perfil diferente de um mestrado acadêmico, porque é voltado para profissionais da indústria com formação em estatística, matemática ou computação. A intenção é utilizar a ciência de dados para gerar inovação nas empresas”, afirma Antônio Castelo, coordenador do mestrado e professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

Oferecido pelo ICMC, o MECAI está ligado ao Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP. “O objetivo é que o aluno melhore a qualidade do setor produtivo da empresa em que atua, seja gerando produtos, patentes ou novos processos, por exemplo”, explica Castelo.

Lançado em 2014, o MECAI formou o primeiro aluno em setembro do ano passado. Analista de risco no Itaú-Unibanco, Daniel Rodrigues desenvolveu uma metodologia estatística voltada para cálculos de risco no setor financeiro. Atualmente, já são 12 pessoas formadas pelo mestrado, e o crescimento do programa fez com que a ênfase se tornasse mais abrangente. Agora, o MECAI inclui profissionais da matemática, estatística e computação que atuam também nas áreas de saúde, agricultura e infraestrutura, e não apenas com finanças.

De acordo com Ellen Francine, professora do ICMC e ex-coordenadora do MECAI, um dos principais diferenciais dos mestrados profissionais é possibilitar que quem já está inserido no mercado de trabalho possa voltar para o contexto da universidade e da pesquisa. Dessa forma, surgem oportunidades para o desenvolvimento de projetos voltados a resolver problemas existentes dentro das empresas. “Por isso, um dos requisitos para inscrição no mestrado é escrever um projeto para ser aplicado na indústria, que deve ser compatível com a atividade profissional do candidato”, complementa Castelo.

As inscrições para o MECAI podem ser realizadas até dia 6 de junho, no site da Pós-graduação do ICMC. A divulgação do resultado final está programada para o dia 10 de julho, na página do programa. As informações sobre o processo seletivo e critérios de avaliação estão disponíveis no edital: icmc.usp.br/e/8b076.

Mais informações
Serviço de pós-graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

ICMC oferece curso de arte para desenvolvimento de jogos

Inscrições devem ser realizadas até o dia 21 de maio


O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, está com inscrições abertas para o curso de animação 2D. O objetivo é apresentar conceitos, técnicas e ferramentas do desenvolvimento de arte digital para jogos, com foco em uma aplicação prática. 

O curso é gratuito, destinado a todos os interessados e acontecerá na quarta-feira, 23 de maio, das 14 às 18 horas, na sala 5-003 do ICMC . Há 40 vagas disponíveis e os alunos devem se inscrever no site: icmc.usp.br/e/b8f5e. As inscrições devem ser realizadas até o dia 21 de maio ou enquanto houver vagas.

Sob coordenação do professor Fernando Osório, a atividade é uma iniciativa do grupo de extensão Fellowship of the Game (FoG), que é voltado ao estudo e desenvolvimento de jogos digitais. Quem vai ministrar o curso é o mestrando Leonardo Pereira, do ICMC, que atua no FoG desde 2012 e tem experiência teórico-prática acumulada no desenvolvimento de jogos que inclui o uso de diversas ferramentas (Unity3D, Stencyl, GameMaker Studio) e produção artística (Photoshop, Krita, Aseprite), inclusive trabalhando como artista em diversos projetos, além de ter organizado e participado de competições de desenvolvimento rápido de jogos (Game Jams).

Conheça o programa detalhado do curso:
  • Ferramentas disponíveis atualmente
  • Bitmap versus vetorial
  • Formato de imagem
  • Modo de cores
  • Introdução a ferramenta bitmap: interface
  • Camadas
  • Seleção
  • Digitalização
  • Recursos
  • Pincéis
  • Transformações
  • Sombras
  • Animação

Texto: Talissa Fávero - Assessoria de Comunicação ICMC/USP 

Curso de Animação 2D
Inscrições: até 21 de maio ou enquanto houver vagas, por meio do link: icmc.usp.br/e/b8f5e.
Quando: 23 de maio, quarta-feira, das 14 às 18 horas 
Local: sala 5-003 no bloco 5 do ICMC. O endereço é avenida Trabalhador são-carlense, 400, na área I do campus da USP em São Carlos. 
Mais informações: (16) 3373.9146 ou ccex@icmc.usp.br

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Febre amarela, agricultura e empreendedorismo: saiba o que é destaque no primeiro dia do Pint of Science

Saiba o que rola nesta segunda-feira, 14 de maio, em São Carlos, durante o festival de divulgação científica Pint of Science, que vai tomar conta de 56 cidades brasileiras até quarta-feira

A primeira edição do festival no Brasil aconteceu em São Carlos, em 2015

Você já parou pra pensar em como a tecnologia pode nos ajudar a combater doenças como febre amarela, zika, chikungunya e dengue? A ciência exerce uma grande influência em nossa vida cotidiana a ponto de ser difícil imaginar com seria o mundo atual sem a sua contribuição ao longo do tempo, mas que tal discutir tudo isso em uma mesa de bar? 

Nesta segunda, o festival de divulgação científica Pint of Science acontece em três bares diferentes de São Carlos. A partir das 19h30, um bate-papo no West Brothers ajudará você a compreender o que é mito e o que é verdade quando o assunto é febre amarela. Uma das pesquisadoras convidadas para o evento é Ho Yeh Li, coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Infectologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Também participarão do bate-papo: a professora do departamento de Medicina da UFSCar, Sigrid de Sousa Santos; o professor de epidemiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, Afonso Dinis Costa Passos; e o professor Gustavo Batista, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP.

Ao mesmo tempo, duas discussões acontecem em outros dois bares da cidade. Na Cervejaria Kirchen, o debate é sobre implementação tecnológica na agricultura e a evolução das tradicionais técnicas à produção digital. Estarão presentes no evento o chefe-adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Pecuária Sudeste, Alexandre Berndt; o chefe-adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Instrumentação, Wilson Tadeu Lopes da Silva; e a pesquisadora Aida Magalhães, que atua na empresa Agrorobótica Pesquisas Agrícolas.

Já no ONOVOLAB, o encontro é para discutir o potencial transformador que as instituições de ensino e as empresas podem ter se atuarem juntas no incentivo à inovação, à criatividade e ao empreendedorismo. O bate-papo tem como convidados o professor e pesquisador da Faculdade de Tecnologia de São Carlos e coordenador regional da Agência de Inovação do Centro Paula Souza, Alfredo Colenci Neto; um dos criadores do ONOVOLAB,  Anderson Criativo;  o professor André de Carvalho, do ICMC/USP; e o professor Moacir Oliveira Junior, chefe do departamento de Administração da Faculdade de Economia e Administração da USP.

Além disso, no ONOVOLAB, também terá uma atração musical imperdível: Suíte Quarteto. O estilo musical da banda é um som instrumental ligado ao jazz, groove, funk, lounge, acid. Um som leve, agradável e dançante, que combina com o festival de divulgação científica.

Em São Carlos, o Pint of Science é realizado pelo ICMC e conta com o apoio do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria, da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Universidade Federal de São Carlos e das empresas Monitora e Serasa Experian.

Para conhecer os palestrantes e ver a programação completa, acesse o link:



Texto: Talissa Fávero - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Fotos: Paulo Arias

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Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Inscrições para a 20ª Olimpíada Brasileira de Informática estão abertas

Inscrições podem ser feitas até o dia 16 de maio


Já estão abertas as inscrições para a 20ª Olimpíada Brasileira de Informática. O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, será uma das sedes que aplicará a prova da primeira fase da modalidade programação – nível sênior da competição, que acontece no dia 17, das 16 às 18 horas. A modalidade é destinada aos estudantes que estejam cursando, pela primeira vez, o primeiro ano de qualquer curso de graduação. 

Qualquer aluno da USP pode participar. Para se inscrever, basta preencher o formulário, até o dia 16 de maio, disponível neste link: icmc.usp.br/e/643fd. Há 60 vagas disponíveis, as quais serão preenchidas segundo a ordem de inscrição. As provas acontecerão nos laboratórios 6-303, 6-304 e 6-305 do ICMC.

Todos os participantes terão direito a certificados e os melhores classificados receberão medalhas nas categorias ouro, prata e bronze. Além disso, todos os participantes da OBI receberão, como benefício, três meses de acesso à plataforma e aos cursos online da AluraStart. Para obter o benefício, após o preenchimento da inscrição na Olimpíada, basta acessar este link: icmc.usp.br/e/515d7.

O objetivo da OBI é estimular o interesse pela computação e por ciências em geral e proporcionar novos desafios aos estudantes, numa tentativa de incentivá-los a seguir carreiras nas áreas de ciência e tecnologia. A Olimpíada é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Computação, organizada pelo Instituto de Computação da UNICAMP com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No ICMC, a prova será aplicada pelo Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA)

A competição também possibilita a participação de estudantes matriculados no ensino fundamental e médio. Para obter mais detalhes sobre todas as modalidades, bem como acessar o regulamento da OBI e obter informações sobre o que estudar, acesse o site www.obi.org.br

Texto: Talissa Fávero - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

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Conheça mais sobre a plataforma AluraStart: www.alurastart.com.br

Descarte consciente: você sabia que seu lápis e caneta também podem ser reciclados?


Descubra como diminuir o impacto no meio ambiente com um simples gesto 

Campanha tem como objetivo arrecadar instrumentos de escrita usados

Para aumentar sua contribuição para um planeta mais limpo, que tal reciclar seus lápis e canetas usados? Quase todo estudante tem aquele velho marcador de texto escondido no fundinho do estojo, mas você já pensou que ele pode ter um destino diferente além do lixo? Pois é. Agora, você pode levar seus lápis e canetas usados até o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. 

A iniciativa chegou ao Instituto pelas mãos do funcionário Cássio Henrique Jorge: “Existe um projeto mundial chamado Terracycle, que é um programa de coleta e reciclagem de materiais, produtos e embalagens de difícil reciclagem. O objetivo do projeto é viabilizar a coleta e o descarte correto desses resíduos”. Cássio preside a subcomissão de Sustentabilidade Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (SADS-Recicla) do ICMC.

A ideia da campanha é arrecadar instrumentos de escritas usados para que, mais tarde, sejam reciclados e se transformem em outros materiais. É o primeiro ano em que a campanha entra em prática e, antes dos coletores específicos existirem, esse tipo de material era jogado no lixo comum. “A tinta da caneta, por exemplo, é composta por um material tóxico, prejudicial ao meio ambiente, além das partes de plástico e de metal demorarem décadas para se decompor”, explica Cássio. Segundo ele, a expectativa é arrecadar uma grande quantidade desses objetos e estimular que a ideia seja ampliada a outros pontos da cidade. 

Depois de recolhidos, esses materiais serão enviados para empresas parceiras da Terracycle, onde irão passar por um processo de reciclagem. Os resíduos são transformados em uma nova matéria-prima, chamada Pellet. Essa matéria-prima é vendida e utilizada para a produção de outros objetos como bancos e lixeiras. 

Qualquer pessoa pode trazer seus instrumentos de escrita usados para serem depositados nos coletores localizados no bloco 4 do ICMC, ao lado da portaria do prédio. A arrecadação é por tempo indeterminado. 

Traga seus instrumentos de escrita usados para o ICMC: coletor está no bloco 4

Caso você também queira começar um projeto como esse na sua casa, escola ou escritório, basta se cadastrar gratuitamente nos programas da Terracycle, coletar os resíduos e mandá-los pelos Correios. Você ainda pode escolher uma instituição sem fins lucrativos ou escola pública para receber os valores arrecadados com a reciclagem. Para conhecer mais sobre a iniciativa, é só acessar o site www.terracycle.com.br.

Confira os instrumentos de escrita que podem ser coletados: lápis grafite, lápis colorido, lapiseiras, canetas, canetinhas coloridas, borrachas, apontadores, marca-texto, marcadores permanentes e marcadores de quadro-branco. 



Texto: Talissa Fávero – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Mais informações 
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666 
E-mail: comunica@icmc.usp.br

terça-feira, 8 de maio de 2018

Escola sobre ciência de dados na USP: ainda dá tempo de se inscrever

Destinado a pesquisadores e estudantes, evento acontece nos dias 15 e 16 de maio no ICMC, em São Carlos 



Preparar estudantes e pesquisadores para construírem o futuro da inteligência artificial. Esse é um dos objetivos da Escola de Aprendizado de Máquina Automático em Ciência de Dados, que será realizada no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, nos dias 15 e 16 de maio. 

Conforme explica o coordenador do evento, professor André de Carvalho, a ideia da escola é fornecer conhecimentos sobre uma nova área de pesquisa: auto-aprendizado de máquina ou aprendizado de máquina automatizado (em inglês, o termo empregado é automated machine learning, ou simplesmente AutoML). Segundo o professor, essa nova área é destinada à pesquisa e ao desenvolvimento de sistemas capazes de realizar automaticamente as etapas fundamentais do aprendizado de máquina. Isso possibilita, em suma, otimizar a extração de conhecimento útil a partir de quaisquer dados. 

André explica que, por meio do AutoML, os cientistas de dados não precisarão mais desenvolver uma ferramenta para cada tipo de aplicação e deixarão de executar tarefas repetitivas e demoradas, podendo alocar o tempo em atividades mais difíceis e prioritárias, como analisar novas soluções para um problema e criar novas técnicas computacionais (como algoritmos mais eficientes, por exemplo). “O objetivo do AutoML é apoiar os cientistas de dados em seu trabalho, não substituí-los”, explica o professor, que está empenhado em preparar estudantes de graduação e de pós-graduação para construírem esse futuro da inteligência artificial. 

Como se inscrever - Para se inscrever na Escola, que terá minicurso, tutoriais e oficinas, basta acessar o site do evento: www.cemeai.icmc.usp.br/AutoMLSchool. As taxas de inscrição variam de acordo com as atividades escolhidas pelos participantes e começam a partir de R$ 37,50.

Entre as atrações está o tutorial Democratizing and automating machine learning, que será ministrado pelo professor Joaquin Vanschoren, da Eindhoven University of Technology, localizada nos Países Baixos.  Haverá, ainda, o tutorial Recent advances in metalearning: from metafeatures to streams, que será ministrado pelo professor Carlos Soares, da Universidade do Porto, de Portugal. Já o minicurso Super aceleração de algoritmos usando GPUs de última geração será conduzido pelo professor Mário Gazziro, que é professor da Universidade Federal do ABC e pós-doutorando no ICMC. No site do evento, é possível consultar a programação completa.

A iniciativa tem o apoio do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria e do Centro de Pesquisa de Aprendizado de Máquina em Análise de Dados.  

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC 

Mais informações
Escola de Aprendizado de Máquina Automático em Ciência de Dados: www.cemeai.icmc.usp.br/AutoMLSchool
Setor de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

A cientista antenada

Conectando-se com as emoções humanas, uma pesquisadora mineira conseguiu aliar sua carreira acadêmica na área de inteligência artificial com as dimensões menos exatas da vida

Solange (ao centro) abraça o filho Vitor ao lado da filha Naiara e do marido Anandsing
na fazenda Pedra Branca, onde viveu a primeira infância

Uma tiara vermelha com antenas chama a atenção de um garoto que está deitado em um dos leitos da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, cidade no interior do Estado de São Paulo. Da direção da tiara surgem dedos que conversam com o menino como se fossem pequenos seres vivos animados. São aqueles dedos que tiram Vitor, 5 anos, da apatia em que se encontrava há uma semana, desde o momento em que foi internado e deixou de interagir com o mundo. 

Em silêncio, aos poucos, os dedos do garoto também passam a ganhar vida e começam a se comunicar com as mãos daquela mulher que usa tiara vermelha e se localiza no meio do palhaço e da fada, para os quais Vitor não dá a menor bola. Logo, ele se senta à cama e recebe, de presente, uma bexiga azul em formato de cachorro, esculpida pelos dedos alegres e desconhecidos. Aos poucos, aquele trio se despede e sai do quarto mudo. Só depois que cruzam a linha da porta e desaparecem, o silêncio do garoto se rompe e sua voz alcança o corredor do hospital: “Anteninha, eu te amo”. 

É nesse momento que as emoções da mulher de tiara vêm à tona, junto com a imagem de seu próprio filho, que também é Vitor, que também tem 5 anos. Em vez de doente na cama, o filho dela está saudável, brincando na casa em que vivem, a poucos quilômetros dali. Apelidada de Anteninha, Solange Rezende permite-se agora chorar, pois já está fora do quarto. Depois de se recompor, volta ao encontro do garoto. Ao rever Anteninha, Vitor pede outro presente: quer uma cadelinha cor-de-rosa para fazer companhia ao cachorro azul. 

Solange como Anteninha durante a visita que fez à Santa Casa no último domingo, 6 de maio
Ciência com emoção – O acontecimento relatado acima, vivido 13 anos atrás, está marcado na memória de Solange e, ao ressurgir no bate-papo desta manhã de sábado, 5 de maio de 2018, deixa os olhos brilhantes de Anteninha marejados. Professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, desde 1991, Solange é uma das 110 voluntárias do grupo Amor em Gotas, que se dedica a levar alegria a crianças hospitalizadas. Atuando como voluntária há 16 anos, hoje ela é uma das gestoras da iniciativa e carrega com orgulho, naquela manhã, o álbum de fotos das inúmeras visitas que já fez. Em uma das imagens, aparece vestida de branca de neve. “A essência da vida está nos detalhes, quando enxergamos o poder que temos em nossas mãos”, diz Solange, e completa: “Às vezes, um pequeno gesto possibilita conexões”. 

No álbum de fotos, destaque para a Branca de Neve
Segundo ela, as experiências vividas como voluntária contribuíram efetivamente para ampliar suas percepções nas pesquisas científicas que realiza na área de inteligência artificial: “O ambiente acadêmico é muito competitivo e somos cobrados a todo tempo. Muitas vezes, ficamos correndo atrás de suprir essas demandas e nos esquecemos da essência da vida”. Ela diz que a atuação no grupo Amor em Gotas, mudou até a forma como lida com seus alunos. “Passei a dar mais abertura para os estudantes. Hoje, sempre que precisam de alguma ajuda, eles me procuram”. 

Em um mundo em que as máquinas têm a capacidade de aprender, em que é possível extrair conhecimento de uma infinidade de dados (a área de mineração de dados é a especialidade de Solange), surge a pergunta: será que um dia os computadores serão capazes de desenvolver uma sensibilidade comparável à de Anteninha e poderão promover novas conexões entre os seres humanos? Para Solange, esse é o limite do desenvolvimento da inteligência artificial. Por mais que o conhecimento avance, ela acredita que as máquinas nunca desenvolverão percepção, sensibilidade e intuição tal como os humanos.


Vida na fazenda – A história dessa pesquisadora começou no interior de Minas Gerais, na cidade de Comendador Gomes. Foi lá, a 40 quilômetros do município, na fazenda Pedra Branca, que ela estabeleceu contato com o universo do conhecimento, guiada pelas mãos de Margarida. Foi ela que lhe apresentou as primeiras letras e números no quarto construído pelo pai para ser escola de Solange, a filha mais velha, do irmão Hugo, um ano mais novo, e de José, três anos mais moço. Como a professora morava na casa da família, a turminha tinha aula 24 horas por dia, sete dias por semana. 

Só no quarto ano do ensino fundamental é que a mãe, Zilda, e as crianças precisaram ir para Frutal, cidade vizinha, e os pequenos começaram a frequentar uma escola pública. Agora, a família tinha também um novo membro: Ataídes, sete anos mais novo do que Solange. O quarteto passava a semana na cidade com a mãe e voltava à fazenda aos finais de semana, onde o pai trabalhava e continuava morando. 

No segundo ano do ensino médio, que Solange cursava pela manhã, conseguiu uma bolsa de estudos para fazer o “Normal” à noite, uma espécie de curso técnico para quem desejava dar aula no ensino fundamental. Naquele tempo, ela já começou a pensar que não queria morar a vida toda naquela região e construir um futuro igual ao da maioria de seus primos de primeiro grau – 82 no total, contando tanto os do lado materno quanto paterno. A inspiração veio, então, de duas primas que tinham prestado vestibular e estudavam na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Com a ajuda delas, Solange convenceu a família de que também deveria fazer faculdade na UFU e foi assim que começou sua trajetória acadêmica: cursando Licenciatura em Ciências, com habilitação em matemática. 

Hugo, Ataídes, a professora Margarida, José e Solange (da esquerda para a direita):
a professora mora hoje em uma fazenda a poucos quilômetros
de onde ensinou as primeiras letras e números para Solange

Da matemática à computação – No início da faculdade, Solange sabia que se tornaria professora e o sonho era fazer pós-graduação em matemática pura na Universidade de Brasília. Sempre foi a professora dos irmãos, por insistência da mãe, já que a caderneta de notas toda azul da garota contrastava com as cadernetas vermelhas dos meninos. Por isso, aos 15 anos, quando o pai perguntou o que ela queria ser quando crescesse, respondeu: “Quero dar aula para gente inteligente”. A resposta dura tinha uma justificativa: os irmãos não gostavam de estudar e ela se sentia uma professora frustrada. “Na verdade, o que eu tentei dizer é que queria dar aula para quem gostasse de aprender”, diz. 

E de gostar de aprender ela sempre gostou. Tanto que, quando o professor de topologia da UFU, Viktor Bojaczuk, voltou de uma viagem à Polônia com um computador portátil Apple em mãos e perguntou aos alunos quem desejava se aprofundar em uma nova área do conhecimento, ela topou de imediato. “Era 1985 e a gente não tinha acesso ao computador, ele ficava fechado em uma sala e quem mexia na máquina era um operador. Nas aulas de programação, nós escrevíamos os códigos em uma folha verde e mandávamos para o operador, rezando para que ele entendesse o que a gente tinha escrito e que a máquina executasse aqueles comandos de forma correta até o final do semestre”, recorda-se Solange. 

Então, quando ela viu pela primeira a oportunidade de mexer diretamente em um computador portátil, não pensou duas vezes. Solange ouviu a palavra inteligência artificial pela primeira vez na aula de Bojarkuzc, que anunciou profeticamente: “Estou aprendendo a programar com uma linguagem diferente, que é totalmente lógica e tem tudo a ver com matemática. Mas é algo muito maior, que vai estar presente na vida de todo mundo no futuro, a inteligência artificial”. 

A tal linguagem de programação é ensinada até hoje no início das disciplinas de inteligência artificial, chama-se Prolog. Depois que teve acesso a programar diretamente no computador usando Prolog, Solange sabia que seu destino não estava mais atrelado à matemática pura, o que ela queria era computação: “O professor Bojaczuk mudou o rumo da minha vida”. Dois outros professores, Sergio Schneider e Costa Pereira, falaram para a garota sobre a USP, em São Carlos, dizendo que lá havia uma professora que atuava na área de inteligência artificial: Carolina Monard. 

Assim que se formou, Solange viajou para São Carlos e conheceu Carolina. Começou a fazer mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional no ICMC em 1987. Quatro anos depois, quando estava no primeiro ano do doutorado em Engenharia Mecânica, na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), prestou um concurso para se tornar professora no ICMC, onde está até hoje. 

Além de ministrar aulas e realizar pesquisas na área de inteligência artificial, Solange também ensina empreendedorismo. Aliás, ela foi uma das responsáveis, junto com o professor André de Carvalho, também do ICMC, por inserir a temática do empreendedorismo nos cursos de computação do Instituto. Sob sua orientação estão sete doutorandos, três mestrandos, quatro alunos de iniciação científica e um pós-doutorando. Nas quintas à tarde, ela atua como consultora em uma startup são-carlense chamada Itera. Ainda sobra fôlego para o Amor em Gotas e para coordenar o festival de divulgação científica Pint of Science em São Carlos, que acontecerá dias 14, 15 e 16 de maio, juntamente com outras 55 cidades brasileiras e mais 20 países do mundo. “Sou uma apaixonada pela vida e pela possibilidade de ajudar as pessoas que desejam entrar em movimento para buscar seus sonhos”, diz. 

Ao relatar sua história, Solange dá indícios de onde nasce a motivação para o seu fazer. Entre os ensinamentos do pai, seu Amador, falecido há sete anos, uma frase se destaca na memória: “Filha, a vida inteira você tem que cuidar para que o brilho dos seus olhos nunca se apague”. Talvez esse seja o segredo de Solange: manter-se antenada com o que faz os olhos brilharem. 

Encontro no fim de 2017 na casa de Solange:  confraternização reuniu alunos do Laboratório de Inteligência Computacional do ICMC e seus familiares

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP 

Mais informações 
Pint of Science São Carlos: https://pintofscience.com.br/events/saocarlos
Laboratório de Inteligência Computacional do ICMC: http://labic.icmc.usp.br
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666