terça-feira, 6 de março de 2018

Aplicativo para idosos criado na USP concorre a prêmio internacional

Aberta ao público, a primeira etapa da votação é online e ocorre até amanhã, 7 de março 


Uma tecnologia criada na USP está concorrendo ao SilverEco and Ageing Well International Awards 2018, premiação que coroa os melhores produtos, soluções e iniciativas criadas especialmente para os idosos. O aplicativo nasceu a partir de uma parceria estabelecida entre o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação de São Carlos (ICMC), da USP, em São Carlos, e a Escola de Artes e Ciências Humanas (EACH) da USP.

Desenvolvido pelo ICMC, o sistema ESPIM, utilizado para monitoramento à distância, funciona como base do aplicativo SENSEM — um software de tarefas aplicado durante as aulas ministradas a idosos na EACH. A ideia cresceu a partir do empenho da professora do curso de Gerontologia da EACH, Meire Cachioni, e da professora responsável pelo sistema, Maria da Graça Pimentel, do ICMC. Com o sucesso da parceria entre o ICMC e a EACH, o projeto foi submetido à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e teve o financiamento aprovado.

“Os idosos que participam do projeto têm os aplicativos instalados em seus celulares ou tablets. Eles recebem, a qualquer momento do dia, um sinal de alerta informando que naquele momento devem fazer determinada tarefa. As solicitações são enviadas aos monitores (alunos de gerontologia) e assim podemos perceber e analisar o aprendizado adquirido durante as aulas de informática”, conta Meire Cachioni.

De acordo com a docente da EACH, todas as tarefas — como tirar uma foto, por exemplo — estão relacionadas com o conhecimento exercitado nas aulas semanais do curso de informática nos institutos. “Eles adoram executar o que é solicitado e pedem sempre por outras mais. Desta maneira, podemos perceber onde estão as maiores dificuldades do aprendizado efetivo e as peculiaridades de cada grupo de alunos, assim, melhorando a relação ensino-aprendizagem nas oficinas”, destaca Meire.

Apesar do aplicativo ainda não estar disponível ao público em geral, atraiu a atenção do júri responsável pela premiação, que foi responsável por selecionar o projeto brasileiro para disputar a final com outros 50 concorrentes. Agora, os finalistas da premiação passam por duas etapas: uma votação aberta ao público e a avaliação de um júri composto por profissionais da área da gerontologia de todo o mundo. 

Aberta ao público, a primeira etapa da votação do prêmio é online e ocorre até quarta-feira, dia 7 de março. A USP é a única instituição de ensino brasileira na final da competição e o anúncio do projeto vencedor será realizado no dia 29 de março em Paris, na França.


Texto: editado a partir de notícia publicada no Jornal da USP com informações da Assessoria de Imprensa da EACH

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