sexta-feira, 29 de julho de 2016

Defesas e qualificações da semana - 1 a 5 de agosto



Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Evidências sobre o uso de técnicas de geração automática de dados de teste em programas concorrentes
Aluno: Ricardo Ferreira Vilela
Orientadora: Simone do Rocio Senger de Souza
Quando: segunda-feira, 1 de agosto, às 10h
Onde: sala 3-002
------------------

Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Uma abordagem para indicar o estado emocional de usuários em tempo de interação
Aluno: Vinícius Pereira Gonçalves
Orientador: Jo Ueyama
Quando: quarta-feira, 3 de agosto, às 10h
Onde: sala da Congregação (4-112)
------------------

Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Estrutura e dinâmica de redes de informação
Aluno: Luís Fernando Dorelli de Abreu
Orientador: Francisco Aparecido Rodrigues
Quando: quarta-feira, 3 de agosto, às 9h
Onde: sala 3-103
------------------

Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Modelos e algoritmos para variações do problema de balanceamento de linhas de produção e designação de trabalhadores
Aluno: Felipe Francisco Bezerra Araújo
Orientador: Alysson Machado Costa
Quando: sexta-feira, 5 de agosto, às 10h
Onde: auditório Jans Frans Willem Slaets no CeTI-SC (antigo CISC)
------------------

Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Um código LES de alta ordem para simulação de escoamentos turbulentos com desenvolvimento espacial
Aluna: Patrícia Sartori
Orientador: Leandro Franco de Souza
Quando: sexta-feira, 5 de agosto, às 14h
Onde: sala da Congregação (4-112)
------------------

Mais informações
Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quarta-feira, 27 de julho de 2016

ICMC abre concurso para Professor Titular na área de Sistemas de Computação


Estão abertas, até o dia 17 de janeiro de 2017, as inscrições para o concurso que oferece uma vaga de Professor Titular no Departamento de Sistemas de Computação (SSC) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O salário é de R$ 15.862,33.

As inscrições podem ser feitas presencialmente ou por procuração na Assistência Acadêmica do ICMC, que fica na avenida Trabalhador São-carlense, 400, no campus da USP em São Carlos, São Paulo. Os prazos, documentos e demais informações encontram-se disponíveis no Edital ICMC/USP 019/2016.

As provas serão realizadas em português ou inglês e consistem em julgamento dos títulos, prova pública oral de erudição e prova pública oral de arguição. Veja abaixo o programa:
  • Engenharia de Software 
  • Sistemas Computacionais Distribuídos 
  • Computação Natural 
  • Redes de Computadores 
  • Bioinformática 
  • Arquitetura de Computadores 
  • Projeto de Hardware 
  • Sistemas Robóticos Embarcados 
  • Avaliação de Desempenho 
  • Sistemas Embarcados 
  • Algoritmos e Estruturas de Dados para Projetos de Redes de Larga-Escala 
  • Metodologias e Tecnologias para Reúso de Software 
  • Verificação, Validação e Teste de Software 
  • Sistemas Computacionais de Tempo-Real 
  • Segurança em Sistemas Computacionais Distribuídos 
  • Robótica Móvel 
Mais informações
Edital ICMC/USP 019/2016: icmc.usp.br/e/df6e2
Assistência Acadêmica do ICMC: (16) 3373-8163

terça-feira, 26 de julho de 2016

ICMC abre concurso para Professor Titular na área de Matemática


Estão abertas, até o dia 17 de janeiro de 2017, as inscrições para o concurso que oferece uma vaga de Professor Titular no Departamento de Matemática (SMA) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O salário é de R$ 15.862,33.

As inscrições podem ser feitas presencialmente ou por procuração na Assistência Acadêmica do ICMC, que fica na avenida Trabalhador São-carlense, 400, no campus da USP em São Carlos, São Paulo. Os prazos, documentos e demais informações encontram-se disponíveis no Edital ICMC/USP 021/2016.

As provas serão realizadas em português ou inglês e consistem em julgamento dos títulos, prova pública oral de erudição e prova pública oral de arguição. Veja abaixo o programa:
  • Teoria dos Números 
  • Álgebra Comutativa
  • Geometria Algébrica
  • Álgebra não Comutativa 
  • Análise Funcional e Teoria da Aproximação
  • Teorias da Integração
  • Equações Diferenciais Ordinárias, Parciais e Funcionais
  • Sistemas Dinâmicos em Dimensão Infinita 
  • Teoria da Probabilidade 
  • Geometria Diferencial
  • Topologia Algébrica 
  • Topologia Geométrica
  • Sistemas Dinâmicos e Teoria Ergódica 
  • Teoria das Singularidades
Mais informações
Edital ICMC/USP 021/2016: icmc.usp.br/e/a7510
Assistência Acadêmica do ICMC: (16) 3373-8163

segunda-feira, 25 de julho de 2016

ICMC recebe show de música erudita nesta terça-feira

Apresentação acontecerá às 18h30 no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano

O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, receberá nesta terça-feira, 26 de julho, às 18h30, o concerto Do Barroco ao choro, conduzido pelo grupo amador de música erudita Ad Libitum. Durante apresentação, serão reproduzidas obras de Antonio Vivaldi, Joseph Haydn, Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim, Pixinguinha,  Heitor Villa-Lobos e Manoel Schiavi. O show será realizado no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no ICMC. 

A apresentação faz parte da programação do 14th International Workshop on Real and Complex Singularities e é aberta à comunidade. Para assistir à apresentação, basta retirar o convite gratuitamente nesta terça-feira, das 11 às 12 horas e das 14 às 18 horas, no saguão do mesmo auditório. 

Sobre o grupo - O grupo está em São Carlos há várias décadas e sua primeira apresentação no município foi em 1976. Sempre voltado para a música erudita, seu núcleo atual é composto pelos músicos Carlos Ribeiro (violino), Marcelo Ribeiro (violino), Newton Cury (flauta soprano), Fátima Vianna (flauta contralto), Christian Folz (flauta transversal), Iza D’Anciães (violocelo) e Maria Inez Botta (piano). O repertório do grupo abrange do barroco a composições do século 20 e a principal característica é o amadorismo.

Foto: arquivo Ad Libitum

Mais informações:
Seção de Eventos - (16) 3373-9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br


Matemática e estatística: assista aulas junto com estudantes da USP em São Carlos

Departamento de Matemática Aplicada e Estatística do ICMC promove a iniciativa Aulas Abertas, que permite que qualquer interessado participe de aulas da graduação


Você tem curiosidade em descobrir como é uma aula dentro da USP? O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, tornará isso possível por meio do programa Aulas Abertas. A iniciativa do Departamento de Matemática Aplicada e Estatística (SME) permite que qualquer cidadão assista a algumas aulas ministradas por professores do ICMC aos estudantes de graduação. A participação é gratuita e não requer inscrição prévia.

O objetivo do programa é promover a aproximação do ICMC com a comunidade, possibilitando que os participantes sintam na pele como é a vida acadêmica na USP e como são as aulas de um curso regular, além da interação com os alunos matriculados nesses cursos.

Segundo o professor Gustavo Buscaglia, chefe do SME, o conteúdo das aulas será adaptado para facilitar a interação dos participantes com os professores e estudantes. "Será uma descrição geral da disciplina, das técnicas a serem aprendidas, além da importância delas no curso e na vida profissional", declarou o docente. 

Alunos de outros cursos, docentes, pesquisadores, estudantes do ensino médio, vestibulandos e toda a comunidade podem participar. São sete aulas disponíveis no início do semestre, com duração de 50 minutos cada. Para participar, basta comparecer no local indicado nos dias e horários de acordo com as disciplinas abaixo:  
- Estatística (SME123)
Docente: Adriano Kamimura Suzuki
01 de agosto, segunda-feira das 08:10/09:00
Local: Auditório Luiz Antonio Favaro - sala 4-111

- Métodos do Cálculo Numérico I (SME205)
Docente: Roberto Federico Ausas
01 de agosto, segunda-feira das 16:20/17:10
Local: Auditório Luiz Antonio Favaro - sala 4-111

- Cálculo Numérico (SME892)
Docente: Elias Salomão Helou Neto
01 de agosto, segunda-feira das 21:00/21:50
Local: Sala de aula 4-001

- Álgebra Linear e Equações Diferenciais (SME141)
Docentes: Tiago Pereira da Silva/Washington Luiz Marar
02 de agosto, terça-feira das 08:10/09:00
Local: Auditório Luiz Antonio Favaro - sala 4-111

- Probabilidade I (SME800)
Docente: Pablo Martin Rodriguez
09 de agosto, terça-feira das 19:00/19:50
Local: Auditório Luiz Antonio Favaro - sala 4-111

- Processos Estocásticos (SME805)
Docente: Pablo Martin Rodriguez
11 de agosto, quinta-feira das 19:00/19:50
Local: Sala de aula 5-104

- Redes Complexas (SME130)
Docente: Francisco Aparecido Rodrigues
12 de agosto, sexta-feira das 14:00/14:50
Local: Sala de aula 5-004

Texto: Henrique Fontes / Foto: Reinaldo Mizutani (Assessoria de Comunicação do ICMC)


Mais Informações
Departamento de Matemática Aplicada e Estatística do ICMC
Telefone: (16) 3373-8121
E-mail: sme@icmc.usp.br

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Defesas e qualificações da semana - 25 a 29 de julho




Defesa de Mestrado em Matemática
Integral equations in the sense of Kurzweil integral and applications
Aluno: Rafael dos Santos Marques
Orientadora: Márcia Cristina Anderson Braz Federson
Quando: segunda-feira, 25 de julho, às 16h
Onde: Sala 3-002
------------------

Defesa de Doutorado em Matemática
Núcleos positivos definidos em espaços 2-homogêneos
Aluno: Victor Simões Barbosa
Orientador: Valdir Antonio Menegatto
Quando: segunda-feira, 26 de julho, às 8h
Onde: Auditório Luiz Antonio Favaro

------------------

Qualificação de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Empacotamento de itens irregulares em recipientes considerando balanceamento da carga
Aluna: Raquel Akemi Okuno Kitazume da Silva
Orientadora: Marina Andretta
Quando: quarta-feira, 27 de julho, às 14h
Onde: Sala 3-002
------------------

Defesa de Doutorado em Matemática
Continuidade de atratores para sistemas dinâmicos: decomposição de Morse, equi-atração e domínios ilimitados
Aluno: Henrique Barbosa da Costa
Orientador: Alexandre Nolasco de Carvalho
Quando: quinta-feira, 28 de julho, às 10h
Onde: Auditório Luiz Antonio Favaro
------------------


Mais informações
Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

Inscrições abertas para 19ª Semana da Computação do ICMC

Evento será realizado de 12 a 19 de agosto na USP em São Carlos


Estão abertas as inscrições para a 19ª Semana da Computação (SemComp19), promovida pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O evento será realizado entre os dias 12 e 19 de agosto e tem como objetivo complementar a formação profissional e acadêmica dos participantes por meio de atividades ligadas à tecnologia. A programação é composta por palestras e mesas redondas com diversos temas, além de minicursos, atividades culturais, competições e feira de recrutamento. 

A SemComp é aberta para qualquer pessoa que tenha interesse na área. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do evento até o dia 11 de agosto. Para participação nos minicursos, há uma taxa no valor de R$ 30,00, que dá direito a participar de dois deles. Caso o participante queira fazer adesão aos coffee breaks, a taxa sobe para R$ 55,00. 

Programação intensa - O evento terá início com a Game Jam, uma maratona de desenvolvimento de jogos onde os participantes devem criar, dentro de um curto período de tempo, um jogo completo a partir de um tema proposto. Além dos 12 minicursos e das oito palestras que acontecerão na edição deste ano, a SemComp promoverá a tradicional Feira de Recrutamento, que permite aos participantes um contato direto com empresas da área de TI, aproximando-os do mercado de trabalho.

Um das atividades em destaque é a Acadêmica, que ocorrerá na quarta de manhã e cujo objetivo é apresentar o mundo da pós-graduação aos graduandos. Após uma palestra palestra sobre o tema, os participantes terão contato com os laboratórios de pesquisa do ICMC, que demonstrarão alguns de seus projetos.

Haverá também um painel de ex-alunos no qual eles compartilharão as experiências acadêmicas e profissionais durante a graduação que contribuíram para a formação de sua carreira. O evento ainda inclui em sua programação atividades de caráter cultural, como um sarau  e uma feira do livro. Outra atividade desta edição é a Gamenight, que reúne os participantes em amistosos e competições de jogos com direito a prêmios, e com um luau para integração dos estudantes. 

Realização - A SemComp é promovida anualmente por alunos do ICMC em parceria com os grupos PET Computação, Fellowship of the Game (FoG) e Warthog Robotics. O evento é uma atividade obrigatória para os alunos dos cursos de Ciências de Computação, Sistemas de Informação e Engenharia de Computação do ICMC, cujas aulas ficam suspensas durante o sua realização. Os estudantes devem participar de pelo menos 70% das atividades gratuitas para obterem presença nas disciplinas.


Mais informações:
Site do evento: semcomp.icmc.usp.br/19
Seção de Eventos do ICMC
Tel. (16) 3373-9622

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Fauna e flora do lago da UFSCar são tema de exposição de fotos no ICMC

Lago da UFSCar (foto: Marinho Andrade)

O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, recebe até o final de agosto uma exposição de fotos sobre a fauna e a flora do lago da UFSCar. As imagens foram obtidas durante oficina de fotografia realizada pelo Projeto Monjolinho, que tem como objetivo estimular a preservação ambiental da área. A exposição é promovida pela Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC.

A oficina foi ministrada por Marinho Andrade, professor do Instituto, e contou com a participação de mais de 20 pessoas, que puderam aprender conceitos básicos de fotografia, como uso adequado de lentes, diferentes tipos de controle, triângulo de exposição, conceitos de composição, planos e cortes. O curso permitiu aproximar o público do lago da UFSCar e despertar o interesse por aquele ambiente e seus problemas. São 24 fotos que estão expostas no saguão da Biblioteca Achille Bassi do ICMC.

Sobre o projeto - O Projeto Monjolinho teve início em 2015, na bacia do Monjolinho, onde está inserido o lago da UFSCar. Neste ano, foram realizadas diversas atividades relacionadas à área, como observação de aves, oficinas de diversos temas, avaliação microbiológica, ecologia de paisagem, além de mutirões de limpeza pelo local. O projeto é coordenado por Leonardo Seneme Ruy.


Mais informações
Secretaria da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC
Tel. (16) 3373-9146
ccex@icmc.usp.br

terça-feira, 19 de julho de 2016

Mercado de aplicativos cresce no Brasil e alunos do ICMC conquistam espaço no cenário

Apesar da crise econômica do país, momento é bom para investir no ramo e não devem faltar oportunidades para estudantes


O Brasil conta hoje com mais de 168 milhões de smartphones ativos, segundo pesquisa deste ano realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). É quase impossível imaginar a vida desses usuários sem a utilização de aplicativos e a demanda por novidades nesse mercado está em alta. De acordo com a consultora AppAnnie, que analisa o segmento comercial de aplicativos, o Brasil é um dos países com maior potencial de crescimento no ramo para os próximos cinco anos e deve apresentar aumento de 40% na receita em 2016. Além dos usuários, quem ganha com isso são os desenvolvedores dessas ferramentas que, muitas vezes, são procurados pelas empresas ainda durante a graduação, como é o caso de vários estudantes do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

Rodrigo Venâncio é aluno do curso de Sistemas de Informação do Instituto e há três anos faz estágio na incubadora de startups Sanca Ventures, sediada em São Carlos, onde participa do desenvolvimento de diversos aplicativos. Seu interesse pela área começou depois de fazer um curso de informática no Colégio Técnico Industrial da Unesp, em Bauru, no qual desenvolveu um aplicativo para Android sobre o sistema de notas da escola como trabalho de conclusão de curso. Hoje, já são mais de uma dezena de apps desenvolvidos, entre eles, alguns de muito sucesso, como é o caso do Ipostal, que permite ao usuário enviar cartões postais pelo celular para qualquer lugar do mundo. Na loja da GooglePlay, o aplicativo ultrapassa os 50 mil downloads.

“Nós temos muita autonomia na Sanca Ventures. Às vezes trabalhamos em cima de uma demanda, mas em outros casos começamos tudo do zero, até mesmo com a idealização de novos aplicativos”, explica Rodrigo. O estudante acredita que o Brasil passa por um bom momento nesse mercado e orienta quem  deseja entrar nele: “Tem que pesquisar sobre o assunto, assistir a tutoriais, aprender o básico, aí provavelmente você irá conseguir uma vaga em alguma startup que esteja contratando estagiário”. 

Rodrigo é estagiário da Sanca Ventures há três anos e já 
desenvolveu diversos aplicativos (foto: Henrique Fontes)

A experiência na Sanca Ventures está trazendo um enorme crescimento profissional para o aluno, que evoluiu em diversos aspectos. “Não tem nem comparação. Antes de começar o estágio, eu só fazia aplicativos feios e com um banco de dados locais. Na empresa eu aprendi a mexer com design, fazer chamadas para servidor, estruturar melhor o banco de dados e, hoje, minha interface é bem mais bonita”, conta o aluno, que vê como uma das maiores recompensas do seu trabalho a gratidão dos usuários com o serviço prestado.

Quem também está se destacando nesse mercado é Nivaldo Bondança, estudante de Engenharia de Computação do ICMC. Atualmente ele é funcionário de uma startup norte-americana, chamada KickOff, cujo nome também é dado ao aplicativo da empresa, que tem como objetivo estimular relacionamentos amorosos. O aplicativo está disponível apenas na América do Sul. Só na plataforma Android são cerca de 150 mil usuários ativos por dia.

“Durante o processo de idealização de um aplicativo, você deve definir bem seu objetivo, onde disponibilizar a ferramenta, o público-alvo e mapear o que será preciso para o seu desenvolvimento”, explica o estudante. Para descobrir se o produto está no caminho certo, Nivaldo segue a filosofia de um dos empresários mais influentes do mundo: “Uma vez estava assistindo a uma palestra de um dos fundadores do Google, Larry Page, e ele explicou que a medida de sucesso para aplicativos móveis é a da escova de dentes: quantas vezes uma pessoa escova os dentes por dia? Duas ou mais. Então, se o usuário abrir seu app duas ou mais vezes ao dia, você já pode comemorar”.

Segundo Nivaldo, o desafio de conhecer o mercado é um dos mais difíceis. “Essa parte é a mais complexa, você tem que fazer muita pesquisa e descobrir se há concorrência. Caso haja, é preciso fazer algo diferente e que se destaque do que já existe”, conta o aluno, que já trabalhou em outras duas empresas. Nivaldo foi funcionário da Topster, empresa responsável por campanhas de marketing no Facebook e, em 2012, chegou a abrir sua própria startup, a InEvent, plataforma para gestão e comunicação de eventos corporativos. Mais tarde teve que deixar a empresa, pois era difícil conciliar os negócios com os estudos, visto que ele ainda cursava o segundo ano de graduação. Hoje, com mais tempo, o estudante comemora o rumo que sua carreira tomou e o frequente reconhecimento: “Recebo muitas propostas de emprego. Quando surgem novos projetos, é comum que queiram algo mobile e, através de indicações, algumas demandas acabam chegando até mim”.

Nivaldo trabalha numa empresa norte-americana responsável 
por um aplicativo de relacionamentos (foto: Henrique Fontes)

Brasil na liderança – De acordo com pesquisa realizada pela empresa Cheetah Ad Platform, o Brasil é o país com o mercado de aplicativos móveis mais competitivo do mundo, seguido por Estados Unidos e México. Depois de analisar dados de 52 milhões de usuários de diversos países, a pesquisa também mostrou que os brasileiros são os que mais usam aplicativos para celular no planeta, na plataforma Android. Cada brasileiro utiliza, em média, 29,23 aplicativos por mês, número acima da média global, que está em 27.

“É um bom momento para se investir nesse mercado. Apesar da crise, você não precisa de muito dinheiro no ramo, pois não demanda grande infraestrutura. A pessoa consegue fazer um aplicativo em seu notebook, testá-lo no smartphone e já o disponibiliza na GooglePlay. Você se torna um player de nível internacional quase sem custo algum, apenas com o seu conhecimento”, explica Edson Moreira, professor do ICMC.

O docente conta que os aplicativos já existiam há muito tempo, porém se limitavam apenas a plataformas fixas. Com o surgimento dos smartphones em 2005, as possibilidades de aplicação dessas ferramentas aumentaram. “Antigamente os softwares eram desenvolvidos para áreas específicas, como um programa para utilização num posto de gasolina ou em uma padaria. Hoje, você tem a possibilidade de criar novos mercados: aplicativos para tomar conta de bebês, fazer controle de estoque ou financeiro, são alguns exemplos”, diz Moreira. Ele acredita que um campo promissor para se apostar e investir no futuro é a área de internet das coisas, na qual a tecnologia pode auxiliar simples tarefas do cotidiano como controlar dispositivos dentro da própria casa, tais como câmeras de segurança, equipamentos de cozinha ou iluminação.

Segundo Moreira, apesar de não existir uma disciplina específica na universidade que ensine a desenvolver aplicativos, o papel da instituição é oferecer as ferramentas básicas para isso: “Não faz sentido ter uma disciplina única que trate do assunto. Para você fazer um bom app, precisa ter conhecimentos sobre interface, engenharia de software, comunicação, banco de dados e uma série de disciplinas que ensinam isso com profundidade”. O professor acredita que uma boa forma de estimular os alunos é unir essas disciplinas para desenvolver projetos conjuntos e de maior complexidade. Ele cita, ainda, a importância da manutenção da Feirinha de Produtos, projeto realizado semestralmente no ICMC no qual os alunos propõem soluções tecnológicas para problemas reais de empresas. “Eles são picados pela abelhinha do empreendedorismo”, completa.

Muitos estudantes do Instituto, depois de formados, decidem seguir por um caminho empreendedor, como são os casos de Fabio Dela Antonio e José Eduardo Colabardini, ex-alunos de Ciências de Computação e Giovanni Marques, ex-aluno de Sistemas de Informação. Eles criaram o aplicativo InSPorte, que contribui para o uso e a melhoria do transporte público na cidade de São Paulo. Além de possibilitar a localização do ônibus mais próximo, o aplicativo permite que as pessoas avaliem a qualidade dos veículos em diversos quesitos, através da atribuição de notas. Os dados são encaminhados para a SPTrans e podem auxiliar a Instituição a propor possíveis melhorias. Segundo Fabio, esse feedback é o grande diferencial da ferramenta.

O InSPorte permite que os usuários
localizem o ônibus mais próximo 

Outra função do InSPorte é o compartilhamento da posição do veículo que está transportando o usuário para outros cidadãos que utilizam o aplicativo: “É algo que não encontramos em outros aplicativos dessa área. O usuário compartilha a linha e o número do veículo por Whatsapp para outra pessoa que possua o InSPorte. Muita gente chega tarde do trabalho ou estuda à noite e essa informação é importante para tranquilizar os nossos pais, que saberão quando estamos chegando”.

A ideia de desenvolver o aplicativo surgiu em 2013, quando os criadores ainda estavam na graduação. O projeto dos estudantes foi premiado durante a Hackatona do Ônibus, competição que visa estimular o desenvolvimento de ferramentas para a melhoria da mobilidade urbana na cidade de São Paulo. A iniciativa dos três alunos pode servir de inspiração para quem está ingressando agora na universidade: “O Brasil tem um déficit muito grande de pessoas capacitadas para fazer aplicativo e, mesmo em tempos de crise, a necessidade é enorme. Os estudantes da graduação vão ter a chance de desenvolver belos trabalhos”, finaliza Fabio.


Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação ICMC/USP


Mais Informações
Assessoria de Comunicação do ICMC
Telefone: (16) 3373-9666

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Oportunidade: ICMC abre três vagas para professor temporário


Estão abertas, até 21 de julho, as inscrições para o processo seletivo para contratação de três professores temporários para ministrar disciplinas junto ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. 

São duas vagas são para o Departamento de Ciências de Computação (SCC) e uma para o Departamento de Matemática Aplicada e Estatística (SME). Os contratados, que serão nomeados como Professor Contratado Nível III (Doutor), terão jornada de 12 horas semanais e salário de R$ 1.849,66.

As inscrições devem ser feitas pessoalmente ou por procuração na Assistência Acadêmica do ICMC, que fica na Avenida Trabalhador são-carlense, 400. A seleção será realizada por meio de notas atribuídas em uma prova didática e outra escrita. O contrato terá duração até 31 de julho de 2017 com possibilidade de prorrogações até completar, no máximo, dois anos de serviços. Para mais informações sobre os processos seletivos, acesse abaixo os editais completos:

- Edital ATAc/ICMC/SME-USP 025/2016: icmc.usp.br/e/d6c0a
- Edital ATAc/ICMC/SCC-USP 026/2016: icmc.usp.br/e/3b05c

Mais informações
Assistência Acadêmica do ICMC: (16) 3373.8163/3373.8109

Defesas e qualificações da semana - 18 a 22 de julho



Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Techniques for indexing large and complex datasets with missing attribute values
Aluna: Safia Brinis
Orientador: Caetano Traina Junior
Coorientadora: Agma Juci Machado Traina
Quando: segunda-feira, 18 de julho, às 14h
Onde: Sala 3-002
------------------

Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Métodos de pré-processamento de texturas para otimizar o reconhecimento de padrões
Aluna: Mariane Barros Neiva
Orientador: Odemir Martinez Bruno
Quando: terça-feira, 19 de julho, às 9h
Onde: Sala 3-002
------------------

Mais informações
Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

Programa Universidade Aberta à Terceira Idade oferece atividades didáticas e culturais no ICMC

Idosos podem acompanhar aulas de disciplinas oferecidas pelo Instituto  


Se você tem 60 anos ou mais e deseja voltar à sala de aula para aprofundar seus conhecimentos sobre assuntos como geometria, cálculo, educação e computação, pode se inscrever em uma das dez disciplinas que serão oferecidas neste semestre pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. As atividades fazem parte do programa Universidade Aberta à Terceira Idade

Para participar das disciplinas, que são ministradas regularmente aos alunos matriculados nos oito cursos de graduação do ICMC, os idosos devem se inscrever até o dia 29 de julho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pessoalmente na secretaria da Comissão de Cultura e Extensão do ICMC. Para concorrer às vagas, é preciso ter, no mínimo, 60 anos e ensino médio completo. Os alunos que cumprirem as exigências da disciplina têm direito a um comprovante de participação emitido pela USP. 

Vale ressaltar que, nesse caso, não se tratam de aulas de informática em que os idosos aprenderão, por exemplo, a utilizar os recursos do computador, mas sim de disciplinas acadêmicas que permitem aprofundar os conhecimentos em uma área de seu interesse e, ao mesmo tempo, trocar informações e experiências com os jovens. As aulas começam na primeira semana de agosto e o número de vagas é limitado. Confira, abaixo, as disciplinas disponíveis para inscrição:
  • Cálculo II
  • Elementos de Matemática
  • Tópicos de Matemática Elementar e Estatística I
  • Prática de ensino em Geometria e Desenho geométrico
  • Computadores, Sociedade e Ética profissional
  • Desenho Geométrico e Geometria descritiva
  • Álgebra Linear
  • Computadores e Sociedade
  • Seminários em Computação I 
  • Seminários em Computação I e III
Como parte do programa, o ICMC também vai oferecer uma nova edição do curso Práticas com Tablets e Celulares, no qual o participante aprende, por exemplo, a realizar chamadas telefônicas, enviar mensagens, criar e gerenciar contatos, alarmes, diários, tirar fotos e fazer vídeos, enviar e-mails, brincar com jogos e até navegar nas redes sociais. No entanto, as vagas para este curso já se esgotaram e uma nova turma está prevista para o primeiro semestre de 2017.

Sobre o programa - A Universidade Aberta à Terceira Idade é uma iniciativa gratuita, realizada na capital e nos campi do interior. Considerando-se toda a USP, há 4,5 mil vagas divididas em disciplinas regulares, oferecidas nos cursos de graduação da Universidade, além de atividades complementares, que englobam desde palestras até práticas esportivas e didático-culturais. Todas as informações sobre as atividades podem ser obtidas no catálogo, que está disponível para visualização ou download neste link. O programa é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária e é realizada pelo Núcleo de Direitos da USP.

texto: Henrique Fontes / foto: Reinaldo Mizutani (Assessoria de Comunicação do ICMC/USP)


Mais Informações
Secretaria da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC
Telefone: (16) 3373.9146 

quinta-feira, 14 de julho de 2016

ICMC abre concurso para Livre-Docente


Estão abertas, de 15 a 29 de julho, as inscrições para o concurso destinado à obtenção do título de Livre-Docente no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. O edital contempla os seguintes departamentos e áreas do conhecimento: 
  • Departamentos de Matemática (SMA): Análise; Álgebra Comutativa e Geometria Algébrica; Topologia e Singularidades.
  • Departamento de Ciências de Computação (SCC): Ciências de Computação.
  • Departamento de Matemática Aplicada e Estatística (SME): Otimização; Matemática Computacional; Estatística e Probabilidade; Métodos Analíticos em Física-Matemática; Sistemas Complexos.
  • Departamento de Sistemas de Computação (SSC): Sistemas de Computação.
As inscrições podem ser feitas pessoalmente ou por procuração na Assistência Acadêmica do ICMC, situada à Avenida Trabalhador São-Carlense, 400, no campus da USP em São Carlos.

Para obter mais informações sobre a documentação exigida, os prazos e as datas das provas, consulte o edital completo disponível em: www.icmc.usp.br/e/c1fc2


Mais Informações
Link para o Edital ATAc/ICMC-USP 020/2016: www.icmc.usp.br/e/c1fc2
Assistência Acadêmica do ICMC
Tel.: (16) 3373-8109
sacadem@icmc.usp.br



terça-feira, 12 de julho de 2016

Teoria de Singularidades: escola e workshop internacional acontecem em julho no ICMC

Foto oficial com os participantes da última edição do evento, em 2014

Com o objetivo de favorecer a discussão sobre as mais recentes questões envolvendo Teoria de Singularidades e suas aplicações, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, realizará, de 17 a 30 de julho, a 14ª edição do International Workshop on Real and Complex Singularities. Promovido pelo Instituto a cada dois anos, o workshop é o maior e mais reconhecido congresso científico em Teoria de Singularidades, Geometria e Aplicações e reúne dezenas de especialistas da área de todo o mundo.

Serão duas semanas de atividades. Na primeira, de 17 a 22 de julho, será realizada a School on Singularity Theory e o Day of Young Researchers, que consistirão de quatro minicursos ministrados por especialistas de várias linhas da Teoria de Singularidades e um dia de palestras pelos jovens pesquisadores. A escola é destinada principalmente a estudantes de pós-graduação e jovens pesquisadores. Já na segunda semana, de 24 a 30 de julho, acontecerá o workshop internacional, que trará 17 plenárias, 40 palestras e três apresentações de pôsteres.

As taxas de inscrição do workshop variam entre R$ 150,00 (estudantes brasileiros) a US$180 (pesquisadores estrangeiros). Para se inscrever e conferir a programação completa, visite o site do evento.

Referência em pesquisa - Desde 1990, o Grupo de Singularidades do ICMC-USP realiza bienalmente o workshop que se tornou uma tradição e tem contado com a participação expressiva dos principais pesquisadores da comunidade científica nacional e internacional. O grupo de singularidades foi fundado pelo professor Gilberto Loibel na década de 1970 e, desde seu início, tem uma forte participação na formação de novos pesquisadores, professores e na internacionalização da pesquisa. Hoje, sob a liderança de Maria Aparecida Soares Ruas, conta com 11 docentes do ICMC, alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorandos.

Texto: Henrique Fontes - Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Site do evento: www.worksing.icmc.usp.br/main_site/2016/
Seção de Eventos do ICMC: (16) 3373.9622
Email: eventos@icmc.usp.br

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Palestras da semana - 11 a 18 de julho



Palestra
Aprendizado de máquina para melhorar o planejado e o controle em empresas de ônibus
Palestrante: Prof. João Mendes Moreira
Quando: quarta-feira, 13 de julho, às 15h
Onde: sala 4001
Clique aqui para ver o resumo
---------


Mais informações
Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de Eventos: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

Estudantes da USP aprendem a construir plataformas digitais para estimular doação de sangue e de notas fiscais

Propostas nasceram a partir da parceria estabelecida por uma professora do ICMC com a empresa RunWeb e com a startup Arquivei, da qual são sócios três ex-alunos do Instituto
Alunos de Engenharia de Computação e empreendedores da Arquivei no último dia de aula da professora Simone

Era uma vez uma professora chamada Simone Senger, que precisava ensinar conceitos de engenharia de software para uma turma de 32 alunos da USP em São Carlos. Era uma vez duas empresas são-carlense chamadas RunWeb e Arquivei, da qual são sócios três ex-alunos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC). Juntos, eles resolveram criar uma história diferente em sala de aula. Em um projeto piloto, desafiaram os estudantes a criarem projetos para resolver dois problemas reais da sociedade brasileira: a escassez de doadores de sangue e a dificuldade de doação de notas fiscais para instituições sem fins lucrativos. 

A moral dessa história não mora apenas nas cinco plataformas criadas pelos estudantes, abarca aprendizados não mensuráveis pelas metodologias tradicionais de desenvolvimento de software. Solidariedade, persistência, trabalho em equipe e gestão do tempo são palavras-chave que aparecem constantemente nos depoimentos dos alunos que tiveram a oportunidade de passar por essa experiência.

“Essa é uma das coisas que mais me deixa feliz ao fazer o trabalho: aquilo que a gente desenvolveu não vai só virar uma nota da disciplina, vai ajudar pessoas e uma instituição que tem um trabalho muito legal”, conta Adriano Belfort, 21 anos. Ele está no 4º ano do curso de Engenharia de Computação, oferecido em parceria pelo ICMC e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). Junto com mais seis colegas de turma, Adriano desenvolveu um aplicativo e uma plataforma web para facilitar a doação de notas fiscais para o Instituto Fazendo História. O aplicativo para Android criado pelo grupo é capaz de ler o QR Code existente na nota fiscal e extrair os campos importantes como o número do documento, o valor e o CNPJ. As informações são enviadas para um servidor, que tem uma interface web desenvolvida para possibilitar que os funcionários do Instituto acessem esses dados. Nessa interface, eles podem ver todas as notas cadastradas e enviar as informações para o Governo. Hoje, as entidades fazem esse cadastro manualmente e o Governo só aceita a doação das notas que são registradas até o 20º dia do mês seguinte à emissão da nota. Ou seja, se a instituição não realizar o registro antes desse prazo, perde a chance de receber o benefício.

QR Doar facilita a doação de notas fiscais para o Instituto Fazendo História

“A lista de inovações desse projeto foi imensa. Geralmente, nossos trabalhos são focados em uma determinada matéria. Dessa vez, realmente conseguimos integrar todos os conhecimentos em prol de um serviço à comunidade, uma plataforma pública”, diz Raphael Ferreira, 25 anos. Ele e sua equipe, mais cinco estudantes do curso de Engenharia de Computação, criaram uma plataforma web para conectar organizadores de campanhas de doação de sangue e doadores. “Qualquer usuário pode fazer o cadastro de uma campanha e até sugerir o tipo de sangue de que mais estão precisando”, explica Raphael. “Já o doador se cadastra na plataforma por meio do Facebook e será notificado pela plataforma sempre que uma nova campanha de doação for cadastrada na região em que ele mora”, completa Jéssika Darambaris, 24 anos. Ao receber a notificação no Facebook, o doador poderá acessar a plataforma, visualizar as campanhas que estão sendo realizadas em sua região e informar se tem interesse em participar de uma delas. Se confirmar o interesse, cerca de uma semana depois da data de realização da iniciativa, o sistema envia uma nova notificação para checar se o usuário realmente fez a doação. Quando a participação é confirmada, a plataforma bloqueia o envio de novas notificações durante o período em que a pessoa não poderá fazer uma nova doação. Sempre que há mudanças em relação a datas e locais das campanhas, o doador também é notificado. 

Template do site Doa.la
Ao acessar o site criado pelo grupo, chamado Doa.la, a caixinha de presente vermelha da logomarca se destaca. Ao rolar a barra de rolagem, um mapa invade a tela com pequenas gotinhas de sangue que exercem o papel de marcadores locais. Se você é um doador, o que verá ali sinalizado são as campanhas de doação agendadas para acontecer na sua região. Agora se você é um organizador, a sinalização refere-se ao número de doadores cadastrados na região onde você está promovendo sua campanha. A plataforma conta também com um buscador, que permite encontrar facilmente uma campanha. “A maior proposta da professora foi fazer a gente viver a engenharia de software, não só estudar”, resume Jéssika.

Dentro da sala de aula – Estamos no final do primeiro semestre e a disposição da sala onde acontece a penúltima aula de engenharia de software, na área 2 do campus da USP em São Carlos, revela muito sobre a metodologia usada durante o processo de construção desses projetos. Há cinco mesas redondas com muitos laptops. Ao redor delas, os estudantes conversam e realizam os últimos ajustes em seus projetos. Na próxima semana, cada um deles terá 20 minutos para apresentar o produto que escolheram criar. Três deles optaram por construir plataformas para estimular a doação de notas fiscais e dois deles para doação de sangue. 

Na sala de aula, o clima é de desconcentração e concentração a um só tempo
Por entre as mesas circulam quatro integrantes da RunWeb e da Arquivei, dando os últimos palpites no que cada grupo mostra. O clima é de descontração e concentração a um só tempo. Colorindo as paredes, estão os post-its colados em cinco cartolinas. Tecnicamente, esses quadros são conhecidos como kanban boards, é onde cada etapa das atividades a serem desenvolvidas nos projetos fica registrada, o que facilita a visualização e gerenciamento do fluxo de desenvolvimento. Se você for à startup Arquivei, encontrará esses kanban boards com post-its por lá também.

“A gente tentou fazer uma versão para a sala de aula do que acontece em uma empresa na vida real”, pontua Jéssika. Foi essa exatamente a ideia da professora Simone e dos sócios das empresas quando resolveram unir forças para colocar em funcionamento esse pequeno laboratório de engenharia de software. A inspiração veio de uma proposta colocada em prática por outro professor do ICMC, Edson Moreira, no curso de Ciências de Computação: ele estimula os alunos a transformarem seus projetos acadêmicos em protótipos de produtos para o mercado. “A ideia era aliar o conhecimento científico e teórico da academia com a vivência prática de uma startup, que usa a metodologia ágil de desenvolvimento de software no dia a dia”, revela Simone. 

A professora já conhecia o trabalho da RunWeb e da Arquivei e até orientou um dos sócios da startup, Bruno Oliveira, durante seu mestrado no ICMC. Isso possibilitou que a professora fizesse o convite para a empresa, que já tinha interesse em se aproximar da Universidade. “Conversamos bastante para entender como a gente faria o trabalho. Quando você fala em projeto para uma startup, o foco é sempre olhar o produto final. Mas a Simone também precisava avaliar o processo de desenvolvimento dos produtos”, conta Bruno. 

Kanban colorindo a parede

Tudo indica que eles conseguiram encontrar um bom meio termo ao longo do caminho. No último dia de aula, durante as apresentações realizadas pelos cinco grupos, o ambiente foi invadido pelas reflexões dos estudantes sobre os erros e acertos durante a construção de suas plataformas. Havia também um aroma irresistível dos salgadinhos que Simone trouxe para festejar o encerramento do semestre. Poucos momentos devem ser tão gratificantes para um professor do que ver o quanto seus alunos conseguiram enxergar suas próprias limitações e conquistas.

“Vendo o que o outro grupo fez, notei que a gente poderia ter incluído relatórios estatísticos na nossa plataforma”, diz Jéssika enquanto apresenta o Doa.la para seus colegas de turma. “O ideal é ampliar o projeto para possibilitar a doação de notas fiscais para outras instituições”, comenta Adriano na hora que está mostrando o projeto de seu grupo. Um elo une as inúmeras falas dos cinco grupos: os estudantes sabem que podem aprimorar as ferramentas criadas, reconhecem o quanto aprenderam e o quanto há, ainda, por aprender. 

É preciso ser ágil – A RunWeb e a Arquivei disponibilizaram, para acompanhar o trabalho de cada equipe, um membro da empresa para exercer o papel de cliente, um personagem indispensável para que os grupos pudessem testar a metodologia ágil, utilizando o método SCRUM. “Escolhemos esse método por ser iterativo, evolutivo, adaptável e flexível. Ele inclui práticas que promovem agilidade e rapidez nas mudanças durante o desenvolvimento do projeto, dentre elas a interação constante com o cliente”, ensina Simone.

Equipe de Adriano (de camiseta verde, ao centro) no penúltimo dia de aula

Segundo a professora, ao utilizar o método, as equipes puderam colocar em prática as habilidades de dividir o problema em atividades, priorizá-las e estabelecer cronogramas razoáveis para o desenvolvimento do projeto. “A gente teve que se planejar bastante em relação ao tempo. Precisamos usar essas ferramentas de organização de equipe para conseguir conciliar o projeto com todos os outros trabalhos e atividades da Universidade. Foi um aprendizado muito bom”, revela Adriano. 

Durante as aulas, os alunos também utilizaram a ferramenta de gestão de projetos Redmine, que é gratuita. Simone conta que outra atividade importante foi a construção de um protótipo do software, o que foi feito no início dos trabalhos por meio da técnica paper prototype. “A disciplina possibilitou que a gente tivesse contato com tecnologias e conceitos que não teria visto senão tivesse feito esse projeto. Isso é um gatilho para despertar o interesse por outras áreas”, completa Henrique Silveira, 22 anos, que trabalhou em grupo junto com Adriano. Um dos principais desafios foi correr atrás de conhecimentos sobre desenvolvimento web e desenvolvimento mobile. “Eles tiveram que trocar o motor do carro andando. Aprenderam as tecnologias que não conheciam e a gerir um projeto ao mesmo tempo. É o que vão ver no mercado”, avalia Vitor de Araújo, sócio da Arquivei e ex-aluno do curso de Ciências de Computação do ICMC. 

“Normalmente, você aprende engenharia de software na faculdade sem estar fazendo software na prática”, contou Filipe Grillo, outro sócio da Arquivei, que também cursou Ciências de Computação e fez mestrado no ICMC. “A gente conseguiu trazer para eles um gostinho do que é estar no mercado”, adicionou Christian De Cico, outro sócio da Arquivei. 

No final daquele último dia de aula, as equipes de Adriano e Jéssika foram reconhecidas por terem desenvolvido os trabalhos mais bem-sucedidos da turma e premiadas pelas RunWeb e pela Arquivei (confira o nome dos alunos de cada equipe abaixo). As empresas convidaram os dois grupos a darem prosseguimento a seus projetos. A torcida é para que eles façam os últimos ajustes e coloquem logo as plataformas à disposição da sociedade. Só assim, o ciclo dessa jornada empreendedora estará completo.

Empreendedores da Arquivei fizeram parte da banca de avaliação dos projetos

Texto e fotos: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

Equipes vencedoras:

1º lugar: Projeto QR Doar
Adriano Belfort de Sousa
Adson Filipe Vieira da Silva
Denilson Antonio Marques Junior
Henrique Cintra Miranda de Souza Aranha
Henrique de Almeida Machado da Silveira
Lucas Eduardo Carreiro de Mello
Marcello de Paula Ferreira Costa

2º lugar: Projeto Doa.la
Guilherme Caixeta de Oliveira
Guilherme Gonçalves
Jéssika Darambaris Oliveira
Lucas Marques Rovere
Luiz Felipe Machado Votto
Raphael Victor Ferreira

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Defesas e qualificações da semana - 11 a 15 de julho



Defesa de Doutorado em Matemática
On qualitative properties of generalized ODEs
Aluno: Rogelio Grau Acuña
Orientadora: Márcia Cristina Anderson Braz Federson
Quando: quarta-feira, 13 de julho, às 15h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
------------------

Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Modelagem e controle para preservar a eficiência dos herbicidas considerando a evolução da resistência em populações de plantas daninhas
Aluno: Luiz Henrique Barchi Bertolucci
Orientador: Eduardo Fontoura Costa
Quando: sexta-feira, 15 de julho, às 14h30
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
------------------

Mais informações
Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quarta-feira, 6 de julho de 2016

No ringue com os robôs: grupo da USP São Carlos está pronto para o combate

Equipe participará de competição que tem como objetivo incentivar o desenvolvimento da robótica no país



O Warthog Robotics, grupo de pesquisa e extensão em robótica da USP, em São Carlos, participará da 12ª edição do Winter Challenge, uma das maiores competições de combate de robôs da América Latina. Promovida pela empresa RoboCore, a iniciativa tem como objetivo incentivar o desenvolvimento da robótica no país e acontece de 7 a 10 de julho no Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano do Sul (SP).

Durante cada combate, a meta é, literalmente, destruir o adversário e a equipe que perder duas lutas é eliminada. O Warthog vai competir em três categorias: na Beetleweight (até 1,36kg); Hobbyweight (até 5,44kg) e na Featherweight (até 13,6kg). Segundo Adam Moreira, doutorando do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e membro do grupo, a expectativa é conquistar um lugar no pódio pelo menos nas duas últimas categorias. 

Sobre o Warthog Robotics - Vinculado ao ICMC e à Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), o Warthog é considerado um dos maiores grupos de competição em robótica no Brasil quando o assunto é futebol e combate de robôs. Criado em 2010, o Warthog é resultado da união de dois grupos de desenvolvimento de futebol de robôs da USP, o USPDroids e o GEAR. No mesmo ano de criação da equipe, o Warthog conquistou o primeiro lugar na categoria 2D e o segundo lugar na categoria Very Small Size na Competição Brasileira de Robótica (CBR). Já em 2011, pela mesma competição, o grupo conquistou o primeiro lugar nas categorias Very Small Size e 3D, também ficando em segundo lugar na categoria 2D. Atualmente, é considerada a maior equipe de extensão do campus da USP em São Carlos.
Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

terça-feira, 5 de julho de 2016

Ensinando com Arduino: uso da plataforma em sala de aula contribui para motivar estudantes e inspirar novos aprendizados

Projeto realizado na USP, em São Carlos, mostra que aprender programação colocando a mão na massa pode trazer benefícios que vão muito além do desenvolvimento de robôs e jogos

Daniel e Renata: orgulho e alegria na selfie com o robô criado em sala de aula

A selfie registrada pelo smartphone de Daniel Xavier, 18 anos, não deixa dúvidas do sentimento de orgulho e da alegria que compartilha com a estudante Renata Alves, 19: eles estão segurando o robô que desenvolveram em equipe ao cursar a disciplina Introdução à Programação para Engenharias, na USP, em São Carlos. O cenário da selfie é o hall da Biblioteca Achille Bassi, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC). Ao redor dos estudantes, há muitos outros robôs. Alguns estão circulando pelo chão e, de forma autônoma, desviam de obstáculos; outros seguem linhas construídas com fita isolante nas mesas brancas e há um que atira elásticos de borracha. Mario Bros também marca presença, em miniatura, na pequena caixa de papelão onde o público mata a saudade de Genius, o famoso jogo eletrônico lançado no Brasil nos longínquos anos de 1980. Um elo une toda essa parafernália eletrônica que invade o espaço: elas foram construídas por estudantes que estão no primeiro ano da Universidade usando a plataforma Arduino.

Fazer esses alunos colocarem a mão na massa valeu muito a pena, na opinião da professora Kalinka Castelo Branco, do ICMC: “Eles se sentiram motivados porque puderam realmente entender o funcionamento da lógica de programação e a necessidade e aplicabilidade da disciplina na vida real, em situações que eles certamente terão que enfrentar na vida profissional”. Para ela, foi essa motivação adicional que os levou a investir mais tempo no aprendizado da disciplina, a qual passou a ser menos abstrata. O resultado a professora conseguiu ver refletido no aumento das notas dos estudantes, que estão cursando o primeiro ano do curso de Engenharia Mecatrônica, oferecido pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC): “Antes, a média ficava entre 4,7 e 5,7. Este ano, chegou a 6,8”.

Motivação refletiu no aumento das médias da turma
A motivação dos alunos ao desenvolver os projetos promete resultar em benefícios que se estenderão para além da disciplina. “Dá mais ânimo no curso. Você passa a se empenhar um pouco mais nas outras matérias, mesmo que elas não sejam tão legais porque sabe que vai precisar delas”, conta Daniel. “É uma atividade que se aproxima mais do nosso trabalho, do que a gente vai fazer depois da faculdade. Então, é muito legal para nos motivar a continuar no curso”, diz Renata. “Eu nunca pensei que a gente ia chegar e fazer isso no primeiro ano. Nunca tive contato com eletrônica e computação”, afirma Leandro Silva, 17 anos. A cada aula prática, ele aprendia uma parte do processo: “A gente fazia sem pensar que era um sacrifício. Para mim, foi uma experiência incrível, faria tudo de novo”.

Não foram poucos os desafios que eles precisaram enfrentar. “A gente ficou várias noites e vários dias tentando fazer e dava errado”, revela Daniel. Na opinião dele e de Renata, o maior obstáculo foi conciliar o software com o hardware. No computador, tudo funcionava bem, mas na hora do robô executar, nada acontecia conforme planejado: “Precisávamos continuar tentando, até resolver. Quando dava certo, a gente comemorava. Ver funcionando é a melhor parte!”

Para o grupo de estudantes que trabalhou com Leandro na construção do jogo Genius em homenagem a Mario Bros, o principal desafio foi transformar a música em um código e construir a lógica do jogo, articulando os momentos de acender e apagar as luzes LED com as músicas que deveriam ser tocadas. “Se o jogador erra a sequência, toca um tipo de música; se ele passa para a próxima fase, temos outra música. É complicadinho, mas pelo Mario Bros, a gente tentou, tentou, até conseguir”, explica Leandro. 
Jogo Genius e Mario Bros foram um dos destaques da mostra de projetos

Plataforma para aprendizado – Não foi por acaso que a professora Kalinka escolheu o microprocessador Arduino como plataforma para os estudantes desenvolverem os dois trabalhos que propôs para a disciplina: um jogo Genius e um robô. Por se tratar de uma ferramenta aberta, livre e de baixo custo para a criação de projetos de hardware e software, o Arduino permite aos estudantes conectar, de forma descomplicada, o mundo teórico da computação a dispositivos físicos. Isso acontece porque, depois de “sentir” o ambiente por meio de sensores variados (entradas) e processar esses dados via programas inteligentes, os estudantes podem programar a ferramenta para afetar seu entorno, controlar e agir sobre o ambiente. Essa ação pode ser realizada por meio de motores e atuadores que possibilitam, por exemplo, ligar ou desligar luzes, movimentar câmeras e outros componentes, etc. Além disso, esse microprocessador interage facilmente com os computadores, independentemente do sistema operacional empregado (Windows, Linux ou Mac). Ou seja, a grande vantagem é que não é preciso ser um especialista para desenvolver um projeto usando Arduino. Foi por isso que a escolha se encaixou como uma luva para a turma que está no primeiro ano da Universidade. 

Há sete anos, Kalinka ministra a disciplina Introdução à Programação para Engenharias na USP em São Carlos. “Quando era só teoria, ficava tudo muito abstrato, os alunos viam só o software e logo se desmotivavam. Muitos não faziam os trabalhos solicitados e os que entregavam deixavam muito a desejar”, lembra a professora. Então, há três anos, surgiu a oportunidade de apresentar uma proposta para o Programa Pró-Inovação no Ensino Prático de Graduação (Pró-Inovalab) da USP. A professora redigiu o projeto Pró-InovaLab - Uma abordagem inovadora para o desenvolvimento de sistemas embarcados críticos, selecionado durante a uma das edições do Programa. Os recursos recebidos possibilitaram adquirir os microprocessadores e demais materiais necessários para tirar a ideia do papel. Como no ano passado a professora foi aprimorar seus conhecimentos na Universidade de Sidney, na Austrália, a proposta foi colocada em prática este ano. “É uma ideia que pode ser aplicada a outras disciplinas”, destaca Kalinka. 

Junho vermelho: lançando elásticos de borracha

“A proposta foi realmente excepcional para estimular não só os alunos, mas também os professores”, diz Maíra da Silva, que é coordenadora do curso de Engenharia Mecatrônica. Ela explica que um dos desafios da coordenação é mobilizar os professores para que transformem uma parcela significativa da carga horária de 4,4 mil horas que compõe o curso em projetos práticos: “No momento, estamos analisando núcleos de disciplinas para identificar projetos em comum”. Maíra reforça que o aprendizado baseado em projetos multidisciplinares está em destaque nas novas diretrizes para a estrutura curricular dos cursos de graduação da EESC.

Segundo a coordenadora, o projeto prático realizado pelos estudantes na aula da professora Kalinka contribui para que eles enxerguem a importância de estudar os três campos do conhecimento fundamentais para a mecatrônica: a mecânica, a eletrônica e a programação. Ao construir um simples robô, eles percebem que, para controlar o Arduino, é preciso entender as estruturas dos algoritmos – sequências de regras que são criadas para resolver uma tarefa. Por outro lado, para decidir qual motor colocar, é necessário ter conhecimentos de mecânica. Mas não é possível acionar os motores sem a eletrônica. “Com um projeto no início do curso, o aluno consegue ter uma visão muito mais aplicada do por que está estudando aquelas teorias”, diz Maíra.

Controle de Junho vermelho com seus seis botões

Quando Gustavo Stefano, 19 anos, começa a explicar como funciona Junho vermelho, o robô que seu grupo criou, fica nítido o quanto compreendeu a estreita relação que une mecânica, eletrônica e programação. Para que o robô comece o combate e dispare elásticos de borracha, é preciso acioná-lo por meio de um controle, composto por um microcontrolador e um transmissor de rádio. No controle, há seis botões: quatro para movimentar o robô para frente, para trás, para a direita e para a esquerda; um para disparar a borrachinha; outro que é um potenciômetro e vai determinar a angulação do mecanismo de disparo: “Mas não podemos alimentar o motor de disparo direto do Arduino, porque ele vai queimar se puxarmos muita corrente elétrica. Então, inserimos reguladores de tensão e um transistor. O Arduino aciona o transistor, que, por sua vez, vai acionar o disparo do canhão”.

Em meio a tantos projetos interessantes, os olhos de Marina Rodero, 16 anos, brilham. Seu sonho é estudar no ICMC. “Eu sempre gostei muito de exatas, adoro matemática e comecei a me interessar por programação”, conta a estudante, que está no segundo ano do ensino médio e participa do projeto Codifique. A curiosidade de Marina vem acompanhada pela curiosidade do pai, Adalberto Rodero, que também veio à mostra que acontece no hall da Biblioteca na tarde desta quarta-feira, 15 de junho. Ele trabalha na área de manutenção de aeronaves e, recentemente, resolveu comprar um microprocessador Arduino. O passeio contribuiu para multiplicar suas ideias para futuros projetos. Uma prova de que iniciativas como a da professora Kalinka podem estimular não só quem já frequenta as salas de aula da USP.

Adalberto e Marina: mostra motivou pai e filha


Confira o álbum de fotos no Flickr: icmc.usp.br/e/3ea79


Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br