quinta-feira, 29 de outubro de 2015

ICMC destaca-se na Olimpíada Brasileira de Informática

Na modalidade universitária da competição, três estudantes que estão no primeiro ano do curso de Ciências de Computação obtiveram duas medalhas de prata e uma de honra ao mérito

Estudantes participam do Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA)

Eles ingressaram este ano no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e conquistaram bons resultados na modalidade universitária da Olimpíada Brasileira de Informática (OBI). Os estudantes Lucas Pacheco e Victor Forbes obtiveram, respectivamente, a 3ª e a 5ª melhor classificação, garantindo medalhas de prata na competição. Já Caio Candido recebeu uma honra ao mérito por ter alcançado a 20ª colocação.

Os três estudantes cursam Ciências de Computação no ICMC e participam do Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA). “O Grupo já nos ajuda a treinar para maratonas em geral e os nossos técnicos nos incentivaram a participar da OBI”, conta Pacheco, que treinou para a competição por meio de provas de simulação online. 

“A OBI, assim como a Maratona de Programação, é uma competição que desafia os participantes a resolverem problemas que demandam um raciocínio lógico um pouco mais avançado. O estímulo em fazer essas competições está exatamente aí: na busca por uma solução para resolver esses exercícios, o que requer o conhecimento de algum algoritmo novo algumas vezes e, em outros casos, é preciso reconhecer alguns truques”, revela Candido. 



Na opinião do aluno, os conhecimentos adquiridos no ICMC foram fundamentais para alcançar os resultados: “As aulas do ICMC nos forneceram uma forte base sobre programação, ainda mais para quem entrou no Instituto sem saber programar, como é o meu caso. Além disso, o ICMC também financiou e apoiou as equipes que se classificaram para os regionais”.

Para Candido, há muitas vantagens em participar desse tipo de competição. “O treinamento para as maratonas desenvolve um raciocínio rápido e muito amplo, de modo que o aluno fica apto a resolver diferentes tipos de problemas computacionais, uma característica muito requisitada hoje no mercado de trabalho”, explica. Segundo ele, com esse desenvolvimento, o estudante também conquista um melhor desempenho na graduação, aprimorando técnicas e habilidades essenciais para o sucesso no futuro profissional.

A prova da modalidade universitária da OBI é composta por tarefas de programação com níveis variados de dificuldade: há tarefas em que é exigido um conhecimento mínimo de programação e outras que demandam um conhecimento mais avançado, com noções de estruturas de dados, em um nível ensinado no primeiro ano de cursos superiores de computação, engenharia ou em colégios técnicos. A última fase dessa modalidade da competição foi realizada dia 28 de agosto na Unicamp.

Texto: Denise Casatti - Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações

Quadro de medalhas da OBI: http://olimpiada.ic.unicamp.br/noticias/qmerito/programacaoU
Grupo de Estudos da Maratona de Programação (GEMA) no Facebook: https://www.facebook.com/groups/gemaicmc
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Workshop Retrospectiva de Engenharia de Software vai agitar ICMC dias 13 e 14 de novembro


Serão dois dias para compartilhar histórias, trocar experiências, rever os amigos e estreitar os laços entre a Universidade e o mercado de trabalho. O 1º Workshop Retrospectiva de Engenharia de Software promete agitar o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, dias 13 e 14 de novembro.

O evento é voltado a egressos, alunos, professores e seus familiares. A programação começará no dia 13, sexta-feira, às 8h30, com uma visita às instalações do ICMC que vai culminar com um café da manhã para marcar o reencontro dos participantes. Logo depois, às 10 horas, acontece a abertura do evento com a apresentação de uma retrospectiva do Laboratório de Engenharia de Software (Labes) no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC (bloco 6), prosseguindo com uma palestra do professor Paulo Masiero. Logo depois, acontecerá um brunch no Hiperespaço Francisco Loibel, no hall da Biblioteca Achille Bassi, onde haverá também a exibição de pôsteres.

À tarde, a partir das 14 horas, os participantes do evento voltarão ao auditório Fernão, onde os egressos da área de engenharia de software e sistemas de informação do Programa de Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional compartilharão suas experiências. Às 15 horas, a professora Simone Senger mostrará como funciona o Labes atualmente e, logo depois do café, acontecerá um painel para o estabelecimento de parcerias com indústrias e outras instituições em que os egressos atuam. A partir das 17h30, haverá um churrasco na sede da Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas de São Carlos. No sábado, dia 14, o evento continua com uma visita cultural à Fazenda Santa Maria.

A taxa de inscrição no evento é de R$ 15,00 para estudantes e R$ 20,00 para demais participantes, para cobrir os custos do café e do brunch. Para participar do churrasco, é preciso pagar uma taxa adicional de R$ 30,00 (estudantes) ou R$ 40,00 (demais participantes). Já o custo da visita à fazenda é de R$ 60,00. Companheiros e filhos são bem-vindos e crianças até 12 anos pagam metade. Para se inscrever, basta preencher o formulário disponível neste link: icmc.usp.br/e/c1ea3. Após realizar o preenchimento, o participante receberá instruções para efetuar o pagamento.

A coordenadora do Workshop, professora Rosana Braga, explica que o grupo de Engenharia de Software do ICMC existe desde os anos 70, quando a área de pesquisa era liderada pelo professor Fernão Stella de Rodrigues Germano. Em 1993, foi criado o Labes e, desde então, os docentes ligados ao Laboratório contribuíram para a formação de cerca de 160 mestres e 40 doutores. “Atualmente, há 27 alunos de mestrado, 43 de doutorado e três pós-doutorandos atuando no Laboratório”, revela Rosana.

Mais informações
Formulário de inscrições: icmc.usp.br/e/c1ea3
Seção de eventos do ICMC: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

ICMC abre inscrições para o Programa de Aperfeiçoamento de Ensino


O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, está com inscrições abertas para os estudantes de pós-graduação que desejarem participar do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE) da USP. Gratuitas, as inscrições podem ser realizadas até dia 23 de novembro por meio do Sitema Janus.

O Programa tem como objetivo aprimorar a formação de alunos de pós-graduação para a atividade didática e é composto por duas etapas: preparação pedagógica e estágio supervisionado em docência. Nessa última etapa, serão selecionados alguns estudantes e os que obtiverem melhor classificação poderão receber um auxílio financeiro mensal. A participação no Programa é opcional para os alunos regularmente matriculados no mestrado ou doutorado das diferentes unidades da USP, mas os bolsistas de doutorado da CAPES devem participar da iniciativa pelo menos uma vez.

Durante a realização do estágio, o aluno poderá, sob a supervisão do docente responsável, participar de seminários, experimentos de laboratório, bem como organizar e participar de plantões para elucidar dúvidas e aplicar provas e exercícios. A critério de seu supervisor, o estudante também poderá ministrar aulas em número de horas correspondentes a não mais que 10% da carga horária total da disciplina, sendo obrigatória a presença do professor responsável pela disciplina para acompanhar o desempenho do aluno. 

A lista de disciplinas oferecidas será divulgada por cada departamento. Os interessados em participar do programa devem acessar o edital completo neste link.

Mais informações
Página do PAE: icmc.usp.br/e/661e2
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: pae@icmc.usp.br

terça-feira, 27 de outubro de 2015

ICMC recebe inscrições para curso sobre usabilidade em interfaces para dispositivos móveis


Avaliação de usabilidade em interfaces para dispositivos móveis é o título do curso de extensão a ser realizado no dia 7 de novembro, das 8 às 18 horas, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

O curso é presencial e aberto a todos os interessados. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo sistema Apolo até a próxima quinta-feira, 29 de outubro, ou enquanto houver vagas. O objetivo é capacitar a comunidade de profissionais com interesse na área de usabilidade de produtos a efetuar tarefas de inspeção de usabilidade seguindo o método de avaliação heurística.

Os ministrantes são os mestrandos do ICMC André Salgado e Sandra Rodrigues. O material utilizado no curso é baseado nos resultados parciais da pesquisa desenvolvida por Salgado. Os participantes serão convidados a contribuir com esses resultados por meio das cinco práticas de inspeção que serão apresentadas durante o curso, o qual ocorrerá no laboratório 1-004 do ICMC (SAP1). Confira, abaixo, as referências bibliográficas do curso.

Mais informações
Link para inscrições: www.icmc.usp.br/e/befe7
Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC: (16) 3373.9146
E-mail: ccex@icmc.usp.br


Referências bibliográficas

  • Preece, J., Sharp, H., & Rogers, Y. (2015). Interaction Design-beyond human-computer interaction. John Wiley & Sons.
  • Nielsen, J., & Molich, R. (1990, March). Heuristic evaluation of user interfaces. In Proceedings of the SIGCHI conference on Human factors in computing systems (pp. 249-256). ACM.
  • Dix, A. (2009). Human-computer interaction (pp. 1327-1331). Springer US.

Robótica móvel: livro organizado por professores do ICMC é finalista no Prêmio Jabuti

Obra está entre as dez finalistas na categoria Engenharias, Tecnologias e Informática



Um livro organizado pelos professores Roseli Romero, Fernando Osório e Denis Wolf, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e pelo professor Edson Prestes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, está entre os finalistas da edição deste ano do Prêmio Jabuti, considerado o mais importante do mercado editorial brasileiro. Robótica móvel é o título da obra, que está entre as dez finalistas na categoria Engenharias, Tecnologias e Informática.

Tornar-se um ponto de partida para quem deseja se aventurar pela robótica móvel ou aprimorar os conhecimentos já adquiridos é o objetivo de Robótica Móvel, que foi lançado pela editora LTC em outubro do ano passado. Escrito por autores que atuam nas principais universidades brasileiras, o livro é composto por 17 capítulos e apresenta um panorama sobre o estado da arte dessa área de pesquisa no Brasil e no exterior.

Foram necessários quatro anos para reunir o material de 35 autores de diferentes grupos de pesquisa existentes nas principais universidades brasileiras. “Queríamos divulgar o trabalho realizado por esses grupos. Por isso, abrimos uma chamada para o recebimento das propostas de capítulos e fizemos uma seleção a fim de manter um padrão de qualidade”, conta a professora Roseli Romero. 

Em sua 57ª edição, o Prêmio Jabuti recebeu este ano 2.573 inscrições em suas 27 categorias. Agora, as obras finalistas de cada categoria estão passando por uma segunda fase de avaliação. Os três livros que receberem a maior pontuação dos jurados serão considerados vencedores em sua categoria, em primeiro, segundo e terceiro lugares. A cerimônia de entrega aos vencedores do Prêmio Jabuti 2015 será realizada dia 3 de dezembro no auditório Ibirapuera, em São Paulo.

Roseli, Denis e Osório durante o lançamento do livro, realizado durante
Joint Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014

Como nasceu a ideia – A professora Roseli lembra que a ideia de criar a obra surgiu em 2011, durante um congresso da Sociedade Brasileira de Computação, quando foi ministrado um minicurso sobre robótica móvel. No final do evento, que teve um recorde de inscrições, os estudantes estavam ávidos por mais informações: queriam saber onde encontravam material para estudar sobre o assunto, como localizavam grupos de pesquisa, em que lugares podiam encontrar aqueles robôs de que os pesquisadores falavam.

Foi assim que nasceu a proposta de criar uma obra capaz de responder a essas questões, levando informações para os estudantes. “São capítulos que trazem conceitos básicos para quem deseja começar a atuar nessa área, independentemente de estar na graduação ou pós-graduação”, completa a professora.

Desafio multidisciplinar – O ponto central do livro são os robôs móveis: aqueles que são capazes de se locomover de diferentes formas, tal como os veículos autônomos, os robôs com pernas, os robôs aéreos e os submarinos. “A robótica móvel está a serviço do ser humano. Sua relevância pode ser melhor compreendida quando pensamos nos robôs colocados para atuar em ambientes perigosos, evitando-se, assim, que a vida humana seja colocada em risco”, diz Roseli.

Um dos principais desafios enfrentados pelos robôs móveis é interagir com o ambiente e tomar decisões corretas para que as tarefas sejam executadas com êxito. “Robôs móveis devem ser capazes de atuar em ambientes desconhecidos e dinâmicos e de reagir diante de situações imprevistas”, explicam os organizadores da obra no capítulo 1, chamado Introdução à robótica móvel

Para enfrentar um desafio como esse é preciso reunir conhecimentos de engenharia mecânica, elétrica, mecatrônica, computação, além de informações provenientes de outras ciências, tais como psicologia, neurociência e biologia. Roseli explica que a robótica é, em essência, uma área multidiscipliar. Segundo a professora, o crescimento do interesse pela robótica está intimamente relacionado com o aumento da percepção de que os bons profissionais devem ter conhecimentos multidisciplinares. Por isso, os estudantes que trabalham com robôs têm essa vantagem, especialmente por adquirirem conhecimentos tanto em software quanto em hardware. “Se, por um lado, a robótica depende da computação e a utiliza, pois um robô não faz nada sem uma programação, por outro, a robótica inspira novas criações no campo da computação”, considera a professora.

Essa relação que a robótica estabelece com a computação e com outras áreas do conhecimento tem levado a avanços consideráveis em diversos campos, impulsionados pelos desafios que essas máquinas vêm apresentando aos humanos. A obra Robótica Móvel mostra essas diversas possibilidades de integração da robótica com outras esferas do conhecimento.

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Palestras da semana - 26 a 29 de outubro


Seminários de Singularidades
Variedades determinantais e singularidades de matrizes
Palestrante: Maria Aparecida Soares Ruas (ICMC)
Quando: segunda-feira, 26 de outubro, às 16h
Onde: sala 3-010
Clique aqui para ver o resumo
---------

Seminários de Pós-Graduação em Matemática
Limits (of nets) are (categorical) limits
Palestrante: Renan Maneli Mezabarba (aluno de doutorado do ICMC)
Quando: quarta-feira, 28 de outubro, às 13h
Onde: sala 3-010
----------

Mais informações
Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de Eventos: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

ICMC elege nova chefia do Departamento de Matemática Aplicada e Estatística

Buscaglia e Marar foram eleitos, respectivamente, para ocupar
a chefia e a suplência do Departamento 

O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, elegeu o professor Gustavo Buscaglia como novo chefe do Departamento de Matemática Aplicada e Estatística (SME). A eleição, que ocorreu dia 7 de outubro, também definiu o suplente da posição, que será o professor Ton Marar. Os mandatos, que começam dia 24 de outubro, terão duração de dois anos.

Buscaglia, que é professor do ICMC desde 2007, possui doutorado em Engenharia Nuclear pelo Instituto Balseiro (Argentina). Tem experiência nas áreas de matemática aplicada (com ênfase em análise numérica, computação científica e elementos finitos), mecânica dos fluidos, transferência de calor, escoamentos multifásicos e lubrificação.

Marar possui graduação e mestrado em Matemática pela USP, doutorado pela University of Warwick e pós-doutorado pela University of Liverpool, ambos na área de matemática. É professor do ICMC desde 1980 e sua área de atuação é singularidades de aplicações.

Mais informações
Secretaria do SME: (16) 3373.8121
E-mail: sme@icmc.usp.br

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Defesas e qualificações da semana - 26 a 30 de outubro



Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Classificação automática de textos por meio de aprendizado de máquina baseado em redes
Aluno: Rafael Geraldeli Rossi
Orientadora: Solange Oliveira Rezende
Quando: 26 de outubro, às 14 horas
Onde: sala 3-002
------------------


Defesa de Mestrado no Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional - PROFMAT
Geometria euclidiana plana e suas aplicações no ensino básico
Aluno: Andre Luiz Brazão
Orientadora: Jaqueline Godoy Mesquita
Quando: 27 de outubro, às 14 horas
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
-----------------------

Defesa de Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Coh-Metrix-Dementia: análise automática de distúrbios de linguagem nas demências utilizando Processamento de Línguas Naturais
Aluno: Andre Luiz Verucci da Cunha
Orientadora: Sandra Maria Aluisio
Quando: 27 de outubro, às 14 horas
Onde: sala 3-002
------------------

Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Iprompter: an intelligent pronunciation tutor for Brazilian students of academic English
Aluno: Christopher Dane Shulby
Orientadora: Sandra Maria Aluisio
Quando: 30 de outubro, às 16h30
Onde: sala 3-002
------------------

Mais informações
Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Da graduação direto para o doutorado

Na busca por economizar tempo na formação acadêmica, alguns jovens estão descobrindo que ingressar no doutorado sem passar pelo mestrado pode ser uma opção interessante

Kemilly Garcia, Filipe Verri e Luis Paulo Garcia optaram pelo doutorado direto

Tornar-se doutor aos 25 anos não é uma meta fácil de ser alcançada. Na carreira acadêmica, leva-se cerca de uma década para percorrer a trajetória tradicional que resulta na obtenção do título de doutor: some a graduação (quatro a cinco anos), o mestrado (cerca de dois anos) e o doutorado (pelo menos mais quatro anos). Mas alguns jovens têm descoberto uma alternativa interessante para adiantar esse processo e conquistar mais rápido o sonho de se tornar um professor-pesquisador nas universidades brasileiras de ponta: o doutorado direto.

“No começo, fiquei inseguro porque nunca tinha ouvido falar dessa opção. Somos instruídos a fazer o mestrado e depois o doutorado. Só me convenci de que valia a pena seguir para o doutorado direto depois de conversar com alguns alunos que já tinham escolhido esse caminho”, explica Filipe Verri. Em março de 2014, aos 22 anos, apenas dois meses depois de concluir sua graduação em Ciências de Computação, Verri se tornou um doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. A meta dele é finalizar o doutorado aos 25 anos.

“Não vejo a hora de me tornar professor em uma universidade”, revela Tiago Nazaré, que ingressou este ano no doutorado direto do Programa. Aos 23 anos, ele só decidiu que iria seguir de fato a carreira acadêmica depois de passar seis meses na Universidade do Porto, em Portugal, onde fez intercâmbio por meio de uma bolsa de Mérito Acadêmico da USP: “Foi lá que percebi o quanto a formação acadêmica aqui é equiparável à oferecida no exterior ou até melhor”.

No ICMC, 11 alunos estão hoje matriculados no doutorado direto
em Ciências de Computação e Matemática Computacional

No currículo de Nazaré e de Verri, destacam-se os projetos de iniciação científica que desenvolveram. Para ambos, o doutorado direto tornou-se uma opção natural, pois já estavam habituados à realidade da investigação científica. “Quando fiz minha primeira iniciação científica, eu me apaixonei pela pesquisa e vi que era isso que eu queria fazer”, conta Verri. Ao todo, ele desenvolveu dois projetos de iniciação científica ao longo de seu curso de graduação: foram quase três anos dedicados à pesquisa, sempre com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). “A FAPESP deve me conhecer pelo nome”, brinca. 

Quando ingressou no curso de Ciências de Computação do ICMC e mudou-se de Araçatuba para São Carlos, Verri não imaginava que se dedicaria à carreira acadêmica. O que ele queria era desenvolver jogos: “Mas descobri que era muito bom em matemática e não gostava de áreas como engenharia de software e design gráfico, fundamentais para quem deseja atuar com games”. 

A história de Nazaré não é diferente. Ele veio de Monte Santo, em Minas Gerais, para São Carlos cursar Ciências de Computação no ICMC e também fez duas iniciações científicas durante a graduação. Além disso, participou de uma iniciativa que possibilita aos graduandos que estão no último ano do curso do curso assistirem às aulas de pós-graduação. Conhecida como Trilha, essa opção contribui para que os estudantes avancem mais rápido na pós-graduação.

Assim, quando Nazaré se formou, ele já tinha cursado praticamente todas as disciplinas exigidas para quem está no mestrado. Seu orientador, o professor Moacir Ponti, recomendou então que o estudante tentasse ingressar no mestrado e também no doutorado direto. Deu certo: Nazaré foi aprovado no doutorado direto e recomenda a escolha, especialmente para aqueles que já conhecem um pouco sobre a área de pesquisa à qual pretendem se debruçar.

Verri também não se arrepende da escolha e recomenda o ingresso no doutorado direto para aqueles que têm absoluta certeza de que fariam o doutorado após terminar o mestrado. “Para quem não tem essa certeza, não vale a pena. Porque se a pessoa desistir no meio do doutorado direto, não terá o título de mestre, o que já possibilitaria ingressar no mercado de trabalho em algumas universidades”, destaca. A ressalva de Verri é pertinente especialmente para os estudantes que optam pela pós-graduação simplesmente para ganhar mais tempo antes de decidir qual caminho querem de fato seguir em suas carreiras. 

Depois de percorrer a trajetória do doutorado direto por um ano e sete meses, Verri sabe que a insegurança que sentiu no começo da jornada era desnecessária: “Não é um caminho mais difícil, nem há mais pressão ou cobrança do que para quem já fez o mestrado”. Quem ingressa no doutorado direto tem até cinco anos para concluir a tese, já para quem segue o caminho tradicional esse prazo é reduzido para quatro anos. Outra diferença é que, no doutorado direto, o aluno tem seis meses a mais do que no doutorado tradicional para apresentar os resultados parciais de seu trabalho e fazer sua qualificação.

Kemilly, Filipe e Luís desenvolvem suas pesquisas no
Laboratório de Computação Bioinspirada do ICMC

Inscreva-se até 29 de outubro – As inscrições para o doutorado direto no Programa de Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional do ICMC estão abertas até a próxima quinta-feira, 29 de outubro. Nessa fase, o candidato precisa apenas apresentar a documentação exigida no edital. Se for aprovado na pré-seleção, terá até 4 de janeiro para entregar o projeto de pesquisa. São oferecidas 10 vagas e os candidatos devem ter colado grau até a data da matrícula, que acontecerá de 26 a 29 de janeiro.

Texto e fotos: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação ICMC/USP

Mais informações
Edital do processo seletivo do doutorado direto: icmc.usp.br/e/bc21b
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Dez projetos de iniciação científica selecionados no ICMC participarão de Simpósio em São Paulo

Evento realizado no ICMC selecionou os melhores trabalhos para participar do 23º Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP), que ocorrerá dia 26 de outubro, em São Paulo

Rodrigo, Eduardo e Elisa são autores de três dos projetos selecionados

Qual a importância e a utilidade da matemática no desenvolvimento de jogos eletrônicos? Para tentar responder a essa questão, o estudante Luan Orlandi, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, dedicou-se durante um ano a um projeto de iniciação científica que resultou na criação do jogo eletrônico Hex e de uma apostila para explicar os conceitos usados para desenvolver o jogo. 

“Há conceitos matemáticos simples que você pode usar para desenvolver um jogo. No caso do Hex, para construir a interface gráfica, por exemplo, utilizei vetores e geometria analítica”, conta Orlandi, que criou até uma versão mobile para o Hex. Ele afirma que, às vezes, os estudantes aprendem conteúdos matemáticos no início do curso de graduação que não são valorizados, por não acreditarem que os empregarão no futuro: “A intenção desse projeto é mostrar que todos esses aprendizados são importantes”.

O esforço de Orlandi, que foi orientado pelo professor Leandro Aurichi, acaba de ser reconhecido: ele está entre os dez melhores projetos de iniciação científica selecionados pelo ICMC para participar do 23º Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP), que ocorrerá na próxima segunda-feira, 26 de outubro, em São Paulo (confira a lista completa dos projetos selecionados abaixo). A seleção aconteceu a partir de uma mostra de 56 trabalhos realizada no dia 30 de setembro no ICMC, quando houve também duas palestras e uma mesa redonda.

Na mesa redonda, professores e estudantes buscaram responder à pergunta: será que fazer iniciação científica vale a pena? “O estudante aprende coisas que não vê na graduação e essa experiência não serve apenas para quem irá seguir carreira acadêmica, mas também pode ajudar em um futuro emprego”, afirmou o presidente da Comissão de Pesquisa do ICMC, Francisco Rodrigues. 

“Fazer iniciação científica me deixa muito animado, passei várias noites tentando resolver problemas com muita satisfação. Hoje, eu me sinto mais maduro”, revelou o estudante Edmilson Roque, do Instituto de Física de São Carlos, que também teve seu projeto selecionado para participar do SIICUSP.

“A iniciação dá liberdade para o estudante escolher e estudar mais a fundo uma área pela qual é apaixonado”, disse o docente Daniel Smania. Os professores Fernando Osório e Márcia Federson também participaram do debate. Na opinião deles, alguns pré-requisitos são indispensáveis para os estudantes que querem mergulhar no universo da investigação científica: ter paixão pelo que faz, ser determinado e independente. 

56 projetos foram apresentados na mostra

475 quilômetros – Motivados pela oportunidade de apresentarem seus projetos de iniciação científica no ICMC, eles percorreram 475 quilômetros desde Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, até São Carlos. “Valeu a pena”, disse Thábata Amaral, que cursa Sistemas de Informação na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 

Ela e seus colegas aproveitaram a viagem para conhecer o Museu Odelar Leite Linhares e alguns laboratórios do ICMC. “É uma excelente oportunidade para trocarmos informações e conhecermos os trabalhos de outras áreas”, revelou Marcos Nesso. Ele e Thábata desenvolveram o projeto Aprendizado de máquina para websensors: aplicações em monitoramento de queimadas a partir de notícias. 

Os estudantes vieram acompanhados pelo professor que os orientou, Ricardo Marcacini, que fez doutorado no ICMC e, agora, é docente na UFMS. Um dos projetos que ele orientou – Incorporando websensors em sistemas de recomendação de consultores ad-roc – foi selecionado para participar do SIICUSP. Uma das autoras do trabalho, a estudante Ana Zanetta, explica que a ideia de desenvolver a pesquisa surgiu ao analisar a forma como uma agência de fomento do Mato Grosso do Sul selecionava seus consultores. “Eles só consideravam as informações que apareciam no resumo do Currículo Lattes do pesquisador e as áreas de pesquisa em que atuava”, conta Ana. Ela conta que, com o método desenvolvido em sua iniciação científica, a agência poderá também selecionar informações referentes a publicações e projetos realizados pelo pesquisador anteriormente, o que leva a um aprimoramento no processo de seleção.

De Minas para o ICMC: grupo apresentou projeto de um aplicativo que ensina Libras
Libras no smartphone – É de Minas Gerais que veio outro projeto exibidos no ICMC: o aplicativo Dictlibras, desenvolvido por cinco estudantes de Ciências de Computação da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas). O app é capaz de ensinar fundamentos básicos da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como cores, cumprimentos, vogais, entre outros. 

A ideia surgiu depois que os alunos começaram a cursar a disciplina optativa Libras na universidade e perceberem a importância do tema. “Nós queríamos fazer um aplicativo que fosse mais usual e voltado para a educação, a fim de incluir um público que muitas vezes é excluído da área da tecnologia”, explica Guilherme Pereira, um dos membros do grupo desenvolvedor do app. Também participaram do projeto os alunos Carlos Rodrigues, Maykon Pereira, Gabriel Duarte e João Carlos da Silva Jr.

Houve, ainda, quem veio do Paraná para participar da mostra no ICMC. Maurício Fontana, aluno de Ciências de Computação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), desenvolveu um aplicativo para otimizar o trabalho dos médicos. “Analisar todos os laudos médicos manualmente é muito difícil, por isso criamos um aplicativo que possibilitará processar, organizar e extrair informações desses laudos e mantê-los numa base de dados estruturada”, explica o estudante.

Fontana usou técnicas de aprendizado de máquinas e mineração de dados para o desenvolvimento do app. No futuro, o aluno vislumbra que serão possíveis diversas aplicações e estudos com as informações disponibilizadas no aplicativo: “Os médicos poderão empregá-lo, por exemplo, para descobrir qual o período de maior incidência de uma determinada doença e estudar a melhor maneira de preveni-la”, completa o aluno.

A qualidade dos trabalhos apresentados surpreendeu o presidente da Comissão de Pesquisa do ICMC. Segundo Francisco Rodrigues, o evento é importante porque promove interação entre os alunos. “Eles podem trocar conhecimento, discutir problemas e sugerir ideias. Tudo isso motiva ainda mais os estudantes a continuarem fazendo pesquisa e alavanca outros projetos”, finalizou.

Fontana veio do Paraná para participar da mostra

Texto: Denise Casatti e Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP
Fotos: Henrique Fontes

Mais informações
Comissão de Pesquisa do ICMC: (16) 3373.8876

Confira os 10 projetos selecionados

Título: Mecanismos de auditoria aplicados no armazenamento de arquivos multi-nuvem
Autora: Elisa Jorge Marcatto (ICMC)
Orientador: Júlio Cezar Estrella

Título: Implementação de um Sistema Robótico Orientado a Serviço com base em uma Arquitetura de Referência
Autor: Eduardo Sigrist Ciciliato (ICMC)
Orientadora: Elisa Yumi Nakagawa

Título: Influência da distribuição de frequência na transição de fase descontínua em redes de osciladores de Kuramoto
Autor: Edmilson Roque dos Santos (ICMC)
Orientador: Francisco Aparecido Rodrigues

Título: Estudo do Problema da Corda Vibrante usando a Teoria de Sturm-Liouville e suas Aplicações na Engenharia Civil
Autor: Renato Silva Nicoletti (Universidade Federal de São Carlos)
Orientador: Adilson Eduardo Presoto

Título: Matemática e programação em Hex
Autor: Luan Gustavo Orlandi (ICMC)
Orientador: Leandro Fiorini Aurichi

Título: Avaliação de algoritmos de mitigação de broadcast storm
Autor: Sergio Zumpano Arnosti (ICMC)
Orientadora: Kalinka Regina Lucas Jaquie Castelo Branco

Título: O Problema de Cortes Unidimensional: Uma Aplicação em Aviação
Autor: Adaiton Moreira de Oliveira Filho (ICMC)
Orientadora: Franklina Maria Bragion de Toledo

Título: Incorporando Websensors em Sistemas de Recomendação de Consultores Ad-hoc
Autora: Ana Carolina Chiozi Zanetta (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)
Orientador: Ricardo Marcondes Marcacini

Título: Dinâmica de cooperação em redes complexas
Autor: Guilherme Alberto Murbach Caes (ICMC)
Orientador: Francisco Aparecido Rodrigues

Título: Novas funcionalidades para a ferramenta ScienceView
Autor: Rodrigo Rusa (ICMC)
Orientadora: Maria Cristina Ferreira de Oliveira

terça-feira, 20 de outubro de 2015

24 horas dedicadas à ciência: confira como foi a Virada Científica no ICMC

Atividades gratuitas abordaram temas como matemática, robótica, inteligência artificial e desenvolvimento de games

Seminário de Coisas Legais foi uma das atrações da Virada Científica no ICMC

É sábado, 17 de outubro, 14h30. Rosecler Goulart Pereira está esperando o filme Ex-machina começar, sentada ao lado de seu marido em uma das poltronas do auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Esta é a segunda atividade da Virada Científica da USP de que ela participará, logo depois de assistir a um Seminário de Coisas Legais.

“Os truques apresentados no Seminário mexem com a memória da gente, fazem a gente pensar. As escolas precisam fazer mais isso: nos estimular a pensar e inovar”, diz a pedagoga, que mora em Tangará da Serra, no Mato Grosso. Ela está em São Carlos visitando o filho, que é aluno do curso de Matemática Aplicada e Computação Científica do ICMC e a convidou para participar do evento.

No Seminário, o professor Leandro Aurichi falou sobre “Figuras Estranhas” e usou cartas para apresentar algumas curiosidades matemáticas. “A matemática comprova que tudo o que imaginamos é possível fazer. Não importa o tempo de pesquisa que vai levar. Isso é um incentivo a novas descobertas em todas as áreas do conhecimento”, afirma Rosecler. Para ela, por ser realizado de forma dinâmica e divertida, o Seminário de Coisas Legais também é uma forma de incentivar os estudantes a seguirem a área acadêmica. “A USP está de parabéns por sempre incentivar os alunos a serem pesquisadores por meio dessas atividades”, finaliza.

Rosecler e o marido acompanharam o debate após o filme Ex-machina

Depois de assistir ao filme Ex-machina, Rosecler acompanhou o debate coordenado pelo professor Fernando Osório. “Como Universidade, temos o papel de desmistificar os conceitos que aparecem no filme. Se levarmos em conta as pesquisas atuais na área de Inteligência Artificial, estamos muito longe de conseguir desenvolver uma máquina que tenha consciência, tal como apresentado nessa obra de ficção científica”, disse Osório. 

“É muito interessante assistir ao filme e, depois, ter a oportunidade de conversar com um professor que atua nessa área. Se eu estivesse em casa, ficaria apenas com a minha percepção sobre o filme”, contou David Pereira, que estuda biologia na Universidade Federal do Triângulo Mineiro. “É uma chance para enxergarmos o lado científico do filme. Quais expectativas de fato podemos ter em relação à Inteligência Artificial? Até onde a ciência já chegou?”, disse o engenheiro civil Gustavo Rocha.

David e Gustavo aprovaram a Virada Científica

Além de Ex-machina, o ICMC também exibiu o filme Dimensions durante a Virada Científica da USP. Dessa vez, o debate após a sessão de cinema foi coordenado pelo professor Francisco Rodrigues. Além disso, o laboratório 1-004 ficou à disposição do público que desejasse experimentar como é desenvolver jogos. A atividade foi coordenada pelo grupo Fellowship of the Game e fez parte de uma iniciativa mundial chamada Hora do Código.

A Virada Científica da USP contou com mais de 300 atividades gratuitas realizadas nos diversos campi da Universidade em todo o Estado de São Paulo, marcando a participação da USP na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. “Foi uma oportunidade muito importante de abrirmos as portas da Universidade para o público com esse viés científico. Espero que o evento se torne parte do calendário anual de atividades da Universidade e que conte, cada vez mais, com a presença da população”, conclui Osório.

Público também pode desenvolver jogos durante o evento


Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Eles já estão soltando a voz no Coral do ICMC

Estudantes, funcionários e participantes sem qualquer vínculo com a USP se reúnem para cantar nas tardes de quinta-feira

Quase cem pessoas participam das aulas de coral às quintas-feiras no ICMC

É quinta-feira, horário do almoço na USP. Quase cem pessoas aquecem sua voz, preparam seus músculos vocais com um só objetivo: cantar. “A música é uma forma de compartilhar alegrias”, diz o funcionário Paulo Filho do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, um dos integrantes do novo Coral do ICMC, que estreou em outubro, mobilizando funcionários, professores, estudantes e participantes da comunidade são-carlense.

Promovida pela Comissão de Ação e Integração Social (CAIS) do ICMC, a iniciativa inédita no campus da USP em São Carlos é aberta à comunidade. Ela busca proporcionar interação e divertimento: “O coral do Instituto é uma oportunidade para a comunidade interna e externa se aproximar, além de favorecer uma integração maior da nossa Instituição, oferecendo um contato social mais efetivo”, explica Solange Rezende, presidente da Comissão de Cultura e Extensão  Universitária (CCEx) do ICMC.

As inscrições para o Coral foram abertas em setembro e cerca de 150 pessoas manifestaram interesse em participar, dessas, quase 100 estão no grupo. Houve um processo de seleção dos participantes realizado por meio de uma análise e classificação vocal feita pelo maestro responsável pelo coral, mas apenas os que não atingiram o mínimo de percepção auditiva não foram aprovados. Puderam participar da seleção pessoas a partir dos 13 anos de idade. 

O responsável pelo grupo é Sergio de Oliveira, maestro que desde muito cedo parecia ter nascido para comandar um coral: “Quando era criança, eu já brincava de ser maestro. Lembro-me de que, quando tinha uns 10 anos, meus colegas imitavam que tocavam piano enquanto eu estava regendo”, conta Oliveira. 

O maestro Sergio de Oliveira é o fundador do coral da USP em Ribeirão Preto
Ele começou a carreira como pianista quando tinha cerca de 15 anos e já cantava no coro do conservatório, o que fez ele vislumbrar essa nova faceta da música. Estudou música dois anos em Viena e, quando voltou, resolveu fazer regência. Ele é fundador do coral da USP em Ribeirão Preto e tem grande experiência musical, atuando principalmente em temas como canto coral, música coral, teatro musical, música popular, canção polifônica e coro cênico. O maestro já levou seus grupos a apresentações e turnês pelo Brasil e por países como Itália, Argentina e Grécia. “O interessante em reger um grupo grande como o daqui de São Carlos é a possibilidade de ter um maior repertório. Quando eu vi a potência vocal que essas quase 100 pessoas possuem juntas, dá para imaginar o que esse contingente pode trazer. Isso me surpreendeu bastante”, conta o maestro.

Um dos participantes do Coral do ICMC é Fabio Amorim, aluno de Ciências da Computação do Instituto e um amante da música erudita. Sua paixão pelo gênero musical teve início logo aos oito anos, quando começou a aprender violino e, desde então, passou a ouvir grandes ícones da música como Beethoven, Dvorak, Tchaikovsky e Bach. Amorim resolveu cantar no coral depois que os amigos o convidaram: “Não tem prazer maior do que você participar de um grupo musical, desde orquestra à coral. É algo que passa rápido mas, ao mesmo tempo, marca muitas pessoas”, diz o estudante.

Amorim é fã de música erudita
As aulas, que tiveram início no dia primeiro de outubro, acontecem todas as quintas-feiras, das 12h30 às 13h45, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. No coral, a possibilidade dos funcionários se reunirem e cantarem juntos favorece o bom clima no dia a dia: “O ICMC sempre procura alternativas para motivar, estimular e melhorar o relacionamento no ambiente de trabalho. Essa e outras iniciativas devem ser feitas em todas as unidades da USP, pois é uma forma de proporcionar algo diferente às pessoas”, diz Anderson Alexandre, presidente da CAIS.

“A música me ajuda a espairecer, relaxar e dar sequência no meu dia a dia”, completa Paulo Filho. Até hoje, ele era apenas um apreciador de canções: “Sempre gostei de música, mas sempre cantei sozinho, aquele popular cantor de banheiro. Então, quando surgiu a oportunidade, resolvi arriscar para ver se eu tinha uma chance”. Filho aprovou a experiência de participar do coral desde a primeira aula. “Foi fantástico, uma participação muito ativa das pessoas e o maestro tem uma ótima didática, isso já me deu muita alegria de estar aqui”, finaliza.

Filho sempre foi um amante da música mas nunca havia cantado em grupo 

Texto e fotos: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC: (16) 3373.9146
E-mail: ccex@icmc.usp.br

Palestras da semana - 19 a 23 de outubro


Seminários de Singularidades
Martins on the index of principal foliations of surfaces R3 with corank 1 singularities R
Palestrante: Luciana de Fátima Martins (ICMC)
Quando: segunda-feira, 19 de outubro, às 16h
Onde: sala 3-010
---------

Palestra
Palestra explicativa sobre a Trilha Graduação-Mestrado no ICMC-USP
Palestrante: Maristela Oliveira dos Santos (ICMC)
Quando: quarta-feira, 21 de outubro, às 13h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
---------

Seminários de Computação (Bacharelado em Ciências de Computação)
Arquitetura de Front End Orientada a Serviços
Palestrante: Carlos Arruda
Quando: quarta-feira, 21 de outubro, às 14h20
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resumo
---------

Seminários de Informática (BSI)
Robôs Inteligentes e Veículos Autônomos
Palestrante: Fernando Osório (ICMC)
Quando: quarta-feira, 21 de outubro, às 18h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
---------

Palestra do Departamento de Matemática Aplicada e Estatística
Banco Pan: a construção de uma "data drive company"
Palestrante: Eduardo Almeida Prado (diretor de crédito e cobrança do Banco Pan)
Quando: quinta-feira, 22 de outubro, às 14h
Onde: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano (sala 6-001)
----------

Palestra do Departamento de Matemática
Teorias do desenvolvimento e da aprendizagem e o ensino superior de Matemática
Palestrante: Marcia Maria Fusaro Pinto (UFRJ)
Quando: sexta-feira, 23 de outubro, às 14h
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
Clique aqui para ver o resumo
----------

Seminários de Probabilidade e Sistemas Complexos
On the KyFan Inequality
Palestrante: Salimeh Yasaei Sekeh (UFSCar)Quando: sexta-feira, 23 de outubro, às 16h
Onde: sala 4-001
----------


Mais informações
Agenda de eventos do ICMC: www.icmc.usp.br/Portal/Eventos
Seção de Eventos: (16) 3373.9622
E-mail: eventos@icmc.usp.br

7ª Semana Conjunta das Bibliotecas no campus da USP em São Carlos tem início nesta segunda-feira



O Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBi-USP) promove de 23 a 29 de outubro a XVIII Semana do Livro e da Biblioteca. Em sintonia com esse evento, em São Carlos, será realizada a 7ª Semana Conjunta das Bibliotecas do campus, com as atividades concentradas no período de 19 a 23 de outubro.

O tema para da Semana é Bibliotecas acadêmicas: integração, conscientização e inovação. Entre as atividades que acontecerão na Biblioteca Achille Bassi, do ICMC, está o treinamento Portal da Capes e Web of Science, que será realizado nesta segunda-feira, 19 de outubro, das 14h30 às 16h30, no laboratório SAP 1 (sala 1-004). Já na noite de terça-fera, 20 de outubro, das 19 às 20 horas, ocorrerá o treinamento em bases de dados na área de educação Portal CAPES, EDUC@ e Portal MEC na sala de treinamento da Biblioteca. Ambos serão ministrados pela bibliotecária Regina Medeiros.

Todas as atividades são gratuitas, confira a programação completa e realize sua inscrição no site do encontro.

Mais informações
Site do evento: http://www.eesc.usp.br/eesc/administracao/biblioteca/pub/semana_livro2015

Telefone: (16) 3373 9634

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Defesas e qualificações da semana - 19 a 23 de outubro




Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Técnicas não supervisionadas para a detecção de anomalias em conjuntos de dados mistos
Aluna: Kelly Cristina Ramos da Silva
Orientador: André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho
Quando: 19 de outubro, às 10 horas
Onde: sala 3-103
------------------


Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Desenvolvimento e avaliação de um modelo ontológico para formação de grupos de aprendizagem de alta performance utilizando os estados afetivos
Aluna: Rachel Carlos Duque Reis
Orientador: Seiji Isotani
Quando: 19 de outubro, às 14 horas
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
-----------------------

Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Influência do gradiente de pressão na transição em escoamentos sobre superfícies côncavas
Aluno: Josuel Kruppa Rogenski
Orientador: Leandro Franco de Souza
Quando: 20 de outubro, às 10 horas
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
------------------

Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Uma abordagem para avaliação e comunicação da qualidade da informação geográfica voluntária em observatórios cidadãos
Aluna: Livia Castro Degrossi
Orientador: João Porto de Albuquerque Pereira
Quando: 20 de outubro de 2015, às 14 horas
Onde: auditório Jans Frans Willem Slaets (CeTI - antigo DTI/CISC)
------------------

Defesa de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Reconhecimento de padrões heterogêneos e suas aplicações em biologia e nanotecnologia
Aluna: Núbia Rosa da Silva
Orientador: Odemir Martinez Bruno
Quando: 22 de outubro, às 9 horas
Onde: sala 3-103
------------------

Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Modelagem flexível do problema de planejamento da produção na indústria de embalagem de vidro
Aluna: Flaviana Moreira de Souza Amorim
Orientador: Cláudio Fabiano Motta Toledo
Quando: 22 de outubro, às 10 horas
Onde: auditório Luiz Antonio Favaro (sala 4-111)
------------------

Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Métodos de elementos finitos para escoamentos multifásicos em microescala: aplicação em processos de separação
Aluno: Stevens Paz Sanchez
Orientador: Antonio Castelo Filho
Quando: 23 de outubro, às 9h30
Onde: sala 3-102
------------------

Qualificação de Doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional
Redução de dimensionalidade baseada em redes complexas e estrutura de comunidades
Aluno: Fabiano Berardo de Sousa
Orientador: Zhao Liang
Quando: 23 de outubro, às 13h30
Onde: sala da Congregação (sala 4-112)
------------------

Mais informações
Agenda de defesas e qualificações: http://www.icmc.usp.br/Portal/Eventos/Defesas.php
Serviço de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail: posgrad@icmc.usp.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Gerando inovação nas pequenas empresas

Ex-alunos do ICMC receberão recursos da FAPESP para desenvolver projetos de pesquisa na área médica e agrícola

Um dos projetos propõe a criação de um sistema para auxiliar os médicos no tratamento radioterápico

Contribuir para aprimorar o tratamento radioterápico oferecido a pacientes com câncer e auxiliar pequenos produtores de tomate a reduzir o uso de fungicidas. Esses dois problemas serão enfrentados por pesquisadores que usarão a tecnologia de forma inovadora em pequenas empresas depois de frequentarem os laboratórios do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

Os projetos de pesquisa por eles propostos foram selecionados no 2º ciclo de 2015 do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O PIPE financia até R$ 1,2 milhão por projeto, não prevê contrapartida da empresa, mas exige que o pesquisador principal esteja vinculado à empresa.

“Queremos auxiliar os médicos, possibilitando aumentar a precisão e aperfeiçoar o processo de tratamento em radioterapia nos hospitais públicos e privados do Brasil”, revela o pesquisador Diego de Carvalho, coordenador do projeto SIPRAD: Sistema de Planejamento Radioterápico e um dos fundadores da empresa i-Medsys, sediada em Ribeirão Preto. 

Carvalho formou-se em Sistemas de Informação no ICMC em 2005 e concluiu seu mestrado no Instituto em 2008. “Na área de ciências exatas, acredito que não tenha outro lugar no Brasil que seja tão interessante para o fomento tecnológico quanto São Carlos”, conta o ex-aluno. Ele morou na cidade durante 10 anos e trabalhou em várias empresas são-carlenses de base tecnológica. “Em São Carlos, não importa onde você está, as pessoas estão sempre falando sobre novas tecnologias, novos projetos e o estado da arte das áreas de pesquisa”. Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) publicada pela revista Inovação, São Carlos está entre as dez cidades brasileiras que possuem o maior potencial inovador.

Para Carvalho, foi o ambiente da cidade e do ICMC que estimularam sua veia empreendedora. “A computação é uma atividade transformadora. Quando o estudante começa a ver alguns processos industriais, ele passa a enxergar soluções. E os professores do ICMC sempre foram muito acessíveis. Se um estudante batesse na porta do especialista e perguntasse se dava para resolver certo problema, ele sempre indicava um livro e dava algumas ideias de possíveis caminhos para seguir”, completa o ex-aluno.

Antes mesmo de finalizar seu mestrado no Instituto, em 2008, Carvalho criou a DFIORI Informática e, em 2010, já teve um projeto contemplado por um programa da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Logo depois, uniu-se a outro ex-aluno do ICMC, José Antonio Camacho Guerrero, para criar sua vertente na área médica, a i-Medsys. Juntos, eles desenvolveram um sistema de arquivamento e distribuição de imagens para hospitais chamado LyriaPacs, que foi implantado há mais de 4 anos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e já ajudou a economizar US$ 10 milhões.

Agora, com o projeto aprovado no PIPE, a ideia é implementar um módulo adicional ao LyriaPacs, voltado especificamente para o tratamento em radioterapia. Para isso, os pesquisadores da área de tecnologia da informação contarão com o apoio de médicos da FMRP para criar softwares capazes de ajudar nos sistemas de planejamento radioterápico. “Utilizando esses sistemas, é possível definir de forma mais precisa as regiões que precisam receber a radiação, evitando que ela incida em estruturas sadias, além de encontrar a melhor distribuição dos campos de tratamento e da dose prescrita”, explica Carvalho.
Diego participou da cerimônia em que a FAPESP anunciou os projetos selecionados 
De olho no tomate – A engenheira agrônoma Adimara Colturato nunca tinha atuado na área de computação antes de realizar seu pós-doutorado no ICMC. Ao desenvolver um estudo sobre a utilização dos veículos aéreos não tripulados (VANTs) para a detecção precoce de doenças em plantações de eucaliptos, começou a vislumbrar quanto a tecnologia poderia beneficiar os agricultores. 

No final de 2014, quando estava finalizando seu pós-doutorado, surgiu uma ideia inovadora: usar sensores nas plantações de tomate para captar dados de temperatura, umidade e molhamento. Esses dados, por sua vez, poderiam ser enviados para os aparelhos celulares dos produtores e, através de um aplicativo, eles conseguiriam identificar se há o risco da lavoura ser atacada por uma das doenças mais temidas nesse tipo de cultivo, a requeima. Caso as condições informadas pelo aplicativo demonstrassem que havia risco, o agricultor poderia pulverizar um fungicida. 

“A intenção é auxiliar os pequenos produtores na tomada de decisão sobre o melhor momento para começar o controle da doença, evitando assim pulverizações desnecessárias”, explica Adimara. Ela conta que, dessa forma, o sistema reduz os custos de produção, os riscos de poluição ambiental e a ocorrência de epidemias severas. 

A requeima é uma das doenças mais destrutivas do tomateiro

De acordo com a pesquisadora, a utilização desses sistemas de previsão ainda é restrita ao mundo acadêmico e, muitas vezes, para obter essas informações, o produtor precisa acessar sites estrangeiros: “Geralmente, são utilizados dados de estações meteorológicas distantes de onde a plantação de tomate está localizada, os quais podem ser divergentes das condições ali presentes”. Para desenvolver o projeto, Adimara estabeleceu uma parceria com a empresa Circuitar, sediada em São Carlos.

“Os projetos aprovados devem ter potencial de retorno comercial, aumentar a competitividade da empresa e estimular a criação de uma cultura de inovação permanente”, disse o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, durante o anúncio dos projetos aprovados no 2º ciclo de 2015 do PIPE, em cerimônia realizada no último dia 8 de outubro na sede da Fundação. A 4ª chamada do PIPE está com o edital aberto e o prazo para a apresentação de propostas encerra-se em 27 de novembro.

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

Mais informações
Assessoria de Comunicação do ICMC: (16) 3373.9666
E-mail: comunica@icmc.usp.br